Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Lei dos EUA prevê multa e prisão a quem forjar documentos para entrar no país

No caso de Bolsonaro, a apresentação do cartão de imunização não era necessária por ele ser uma autoridade do governo brasileiro

Brasília|Augusto Fernandes, do R7, em Brasília

Bolsonaro durante visita aos Estados Unidos
Bolsonaro durante visita aos Estados Unidos Bolsonaro durante visita aos Estados Unidos

Apresentar documentos falsos ou forjados para ingressar em território norte-americano pode levar a punições como prisão por até 15 anos e multa de no máximo 5 mil dólares, de acordo com o Código de Leis dos Estados Unidos.

Compartilhe esta notícia no WhatsApp

Compartilhe esta notícia no Telegram

Nesta quarta-feira (3), o ex-presidente Jair Bolsonaro foi alvo de uma operação da Polícia Federal contra uma associação criminosa que teria inserido dados falsos de vacinação contra a Covid-19 em sistemas do Ministério da Saúde. 

Publicidade

Segundo a PF, as inserções falsas no cartão de vacina de Bolsonaro teria ocorrido entre novembro de 2021 e dezembro de 2022. Para ingressar nos Estados Unidos nesse período, contudo, o ex-presidente não precisava do comprovante de vacinação contra a Covid-19, visto que o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA diz que pessoas em viagens diplomáticas ou oficiais de governos estrangeiros estão isentos de atestar a imunização.

"O tratamento dispensado a chefes de estado é diferente do cidadão comum. Tudo é acertado antecipadamente e as minhas idas aos Estados Unidos em nenhum momento foi exigido o cartão vacinal. Então não existe fraude da minha parte", disse Bolsonaro em entrevista a uma rádio nesta quarta-feira. 

Publicidade

Lei americana

O Código de Leis dos Estados Unidos diz que é ilegal para qualquer pessoa ou entidade, conscientemente, “forjar, falsificar, alterar ou fazer falsamente qualquer documento com a finalidade de satisfazer um requisito ou obter um benefício” relacionado à imigração.

O documento também diz que não é permitido “usar, tentar usar, possuir, obter, aceitar ou receber ou fornecer qualquer documento forjado, falsificado, alterado ou feito falsamente” para ingressar nos EUA.

Publicidade

De acordo com o código, qualquer pessoa que apresentar um documento baseado em informação “falsa, fictícia ou fraudulenta, ou que não tem base em lei ou fato” é passível de ser punida.

Operação Venire

A casa de Bolsonaro foi alvo da Polícia Federal na operação desta quarta-feira (3) para investigar a atuação de uma associação criminosa que inseria dados falsos de vacinação nos sistemas SI-PNI e RNDS do Ministério da Saúde.

"Eu não fui vacinado. Decisão pessoal minha, principalmente depois de ler a bula da Pfizer. A minha esposa foi vacinada em 2021, nos Estados Unidos, com a Janssen. Está documentado. A minha filha Laura, que respondo por ela, atualmente com 12 anos, também não tomou a vacina. Em momento nenhum eu falei que tomei a vacina. O resto, eu realmente fico surpreso com a busca e apreensão com esse motivo", declarou Bolsonaro antes de deixar a casa após a operação da PF.

Pelas redes sociais, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro disse não saber o motivo da operação, confirmou que apenas ela havia se vacinado e negou que a PF tivesse apreendido o seu celular. "Apenas o celular do meu marido foi apreendido", declarou.

Leia também

Entre os presos na ação está o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid Barbosa. Cid era homem de confiança do ex-presidente e foi centro de uma polêmica envolvendo o governo Lula e o então comandante do exército Júlio César de Arruda. Todo o atrito começou após Arruda se mostrar favorável pela a promoção de Cid ao comando do 1° BAC (Batalhão de Ações de Comandos) em Goiânia (GO).

Outros detidos na operação são os ex-assessores especiais do ex-presidente Sérgio Cordeiro e Max Guilherme. Ao todo, os agentes cumpriram 6 mandados de busca e apreensão e seis de prisão preventiva, em Brasília e no Rio de Janeiro.

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.