Líder da oposição quer ir aos Estados Unidos para negociar tarifa imposta por Trump
Não há previsão, contudo, para que Luciano Zucco (PL-RS) vá ao país; nos próximos dias, senadores embarcam para tentar negociação
RESUMO DA NOTÍCIA
Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

O líder da oposição na Câmara dos Deputados, Luciano Zucco (PL-RS), afirmou, nesta quarta-feira (23), que pretende ir aos EUA negociar a tarifa de 50% imposta pelo presidente americano, Donald Trump, a produtos brasileiros.
“Não é no confronto que se resolve. É com diálogo e coragem. Estamos organizando uma viagem aos Estados Unidos para defender o agro, o comércio e a indústria gaúcha. Nosso povo já enfrenta crises demais para ser penalizado”, afirmou Zucco em evento da Federasul.
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No entanto, conforme apurou o R7, não há data para a ida do parlamentar aos EUA. Zucco lembrou que, nos próximos dias, uma comitiva de oito senadores brasileiros vai aos EUA negociar com parlamentares americanos a imposição da taxação, que passa a valer a partir de 1° de agosto.
A ideia é abrir o diálogo com o país, mas sem fechar qualquer negociação, que está a cargo do governo federal e da diplomacia brasileira.
Conforme o parlamentar, o Rio Grande do Sul é o segundo estado mais impactado pela medida e concentra milhares de produtores, comerciantes e empresários, diretamente prejudicados.
Na ocasião, o parlamentar ainda criticou o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e reforçou alinhamento com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Sou contra o aumento de impostos, a favor da segurança pública, da educação de qualidade e da valorização de quem empreende neste Estado”, afirmou.
‘Desrespeito’
Apesar do anseio do líder da oposição, na terça-feira (22), o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos EUA, criticou a ida dos senadores ao país. O grupo é composto por uma gama de parlamentares da ala governista e da oposição, a exemplo de Marcos Pontes (PL-SP) e Tereza Cristina (PP-MS).
“Trata-se de um gesto de desrespeito à clareza da carta do Presidente Trump, que foi explícito ao apontar os caminhos que o Brasil deve percorrer internamente para restaurar a normalidade democrática”, escreveu nas redes o filho do ex-presidente.
Eduardo também afirmou que nenhum dos parlamentares está autorizado a falar em nome de Bolsonaro. Para o parlamentar, os senadores buscarem interlocução com os EUA sem que o Brasil tenha “retomado as liberdades fundamentais” é “vazio de legitimidade”.
“Essa iniciativa me parece seguir o padrão de sempre: políticos que visam adiar o enfrentamento dos problemas reais, vendendo a falsa ideia de uma ‘vitória diplomática’ enquanto ignoram o cerne da questão institucional brasileira”, declarou.
“O constrangimento se agrava com a presença de senadores ligados ao partido de Lula, político que sistematicamente adota posturas hostis aos EUA”, finalizou Eduardo Bolsonaro.
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