Lira avalia incluir compensação do IOF no projeto do Imposto de Renda
Proposta que isenta de imposto quem recebe até R$ 5.000 pode trazer trechos da medida provisória enviada pelo governo
Brasília|Lis Cappi, do R7, em Brasília

O deputado Arthur Lira (PP-AL) afirmou nesta terça-feira (8) que avalia a possibilidade de incluir parte da compensação do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) no projeto que amplia a isenção do IR (Imposto de Renda) para quem ganha até R$ 5.000.
“Possibilidade de inclusão nesse texto alguma saída para a questão do IOF, ou de alguns assuntos que tratam da medida provisória que foi enviada para tratar sobre as questões tributárias”, declarou.
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Segundo Lira, a inclusão dos trechos ainda está sob análise, mas se daria apenas de forma parcial, e não alcança todos os pontos da medida provisória enviada pelo governo.
O deputado também destacou que essa possibilidade depende do que for definido pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).
Caso as compensações fiquem de fora do projeto do IR e continuem a ser avaliadas por meio da medida provisória, a previsão é de que o texto da proposta do Imposto de Renda avance mais rápido.
A ideia de Lira seria apresentar o relatório dele na comissão especial ainda nesta semana, com possibilidade de o texto ir ao plenário antes do recesso do Congresso.
Contudo, se trechos referentes à compensação do IOF forem incluídos no IR, a proposta pode demorar mais tempo para ser apresentada. Essa indefinição, segundo Lira, também foi um dos motivos do atraso na apresentação do relatório, inicialmente prevista para 27 de junho.
Alíquota do IR
Outro ponto avaliado por Lira é o de reduzir a alíquota de cobrança aos super-ricos. A proposta original prevê uma taxação a quem ganha mais de R$ 600 mil por ano com alíquotas progressivas de até 10%, que seriam aplicadas para quem recebe R$ 1,2 milhão ou mais por ano. Essa margem foi considerada alta por Lira, que aponta a possibilidade de diminuição.

“As contas de uma alíquota mínima de 10% dá uma compensação muito maior que a renúncia. A renúncia seria de R$ 25,8 bilhões, a compensação seria de R$ 34 bilhões. Se estamos buscando uma neutralidade, vamos buscar uma alíquota mais eficaz”, afirma.
A margem prevista para redução não foi confirmada pelo político, mas existe a possibilidade de uma redução para 9% ou 8%.
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