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Lula assina contrato do maior leilão de linhas de transmissão, com R$ 15 bilhões em investimentos

Segundo o governo, 33 empreendimentos vão ser construídos em seis estados: BA, ES, MG, PE, RJ e SE, com operação de 36 a 66 meses

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

Governo prevê 60 mil empregos diretos e indiretos
Governo prevê 60 mil empregos diretos e indiretos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta quarta-feira (27) contratos de concessão decorrentes do primeiro leilão de linhas de transmissão de 2023, realizado em junho. O leilão foi o maior da história do país, com previsão de R$ 15,7 bilhões de investimentos em mais de 6.000 quilômetros espalhados por seis estados. Com a medida, a expectativa é que sejam criados 60 mil empregos diretos e indiretos.

A assinatura ocorreu durante uma cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília, com a participação do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. No leilão, foram vendidos ao todo nove lotes, com 50,97% de redução média sobre as receitas anuais previstas para os agentes vencedores, segundo o governo, que acrescenta que os lotes preveem construção, operação e manutenção de 6.184 quilômetros de linhas de transmissão.

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De acordo com o Planalto, 33 empreendimentos vão ser construídos em seis estados: Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro e Sergipe. O prazo para a operação comercial varia de 36 a 66 meses, para concessões por 30 anos, contados a partir da celebração do contrato.

Em agosto, o governo Lula estabeleceu o cronograma de mais cinco leilões de transmissão no triênio 2023-2025. O próximo está previsto para o fim deste ano e vai incluir as instalações referentes à linha de transmissão em corrente contínua Graça Aranha–Silvânia, em tensão de 800 kV CC. A linha passará por Goiás, Maranhão, Minas Gerais, São Paulo e Tocantins.


De acordo com o ministro, essas instalações são essenciais para o escoamento de energia elétrica produzida a partir de fontes renováveis nas regiões Norte e Nordeste. Para 2024 e 2025, estão previstos leilões em março e setembro de cada ano, no total de dois certames por ano.

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Presidente chegou depois à cerimônia

A cerimônia foi iniciada sem a presença de Lula, que naquele momento estava reunido com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), e a bancada de deputados federais gaúchos. Em seu lugar, apareceu o vice-presidente Geraldo Alckmin. Depois, o chefe do Executivo terminou a reunião e foi para o evento.


“Na verdade, a minha fala é para pedir desculpas a vocês, porque eu tentei sair, mas estava na reunião com a bancada de deputados e deputadas do Rio Grande do Sul e com o governador, por conta das enchentes, e a gente não pode sair, porque tinha que ouvir os reclames e reinvindicações das pessoas", disse Lula na cerimônia.

Governo em sintonia com o Congresso

O presidente falou ainda da relação do Executivo com o Legislativo. "Da parte do governo, a gente já conseguiu fazer coisas que ninguém acreditava que era possível fazer, numa relação saudável com o Congresso Nacional."

O Congresso não é nosso inimigo%2C o Congresso não é nosso adversário. O Congresso%2C gostemos ou não dos 513 deputados que lá estão%2C eles são o resultado da consciência política do povo brasileiro nas eleições do ano passado.

(Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República)

"Temos que conviver com o Congresso Nacional até as próximas eleições e, por isso, temos que estabelecer uma relação civilizada. Ninguém precisa gostar de mim, eu não preciso gostar de ninguém, nós temos apenas que agir como seres civilizados, com a responsabilidade de cuidar deste país", completou.

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