Lula cita ‘morosidade’ de Biden e diz que saúde dele ‘tem que ser levada em conta’ para as eleições
Presidente disse que apenas Biden é capaz de dizer se tem condições de concorrer nas eleições deste ano
Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou nesta segunda-feira (1º) sobre a eleição para presidente dos Estados Unidos da América e fez uma análise sobre do desempenho de Joe Biden, candidato à reeleição pelo Partido Democrata, no embate com Donald Trump, nome do Partido Republicano. Segundo Lula, Biden demonstrou “certa morosidade” e a saúde dele deve ser levada em consideração no processo eleitoral.
Leia mais
“O que foi chato e desagradável é que no debate expuseram muito a fragilidade de Biden. Primeiro, de um lado, um cidadão mentiroso que, segundo o [jornal] New York Times, ele contou 101 mentiras no debate. E, do outro lado, o Biden, sabe, com certa morosidade para responder as coisas. Mas quem sabe da saúde dele é ele, não sou eu. [A saúde de Biden] tem que ser levada muito em conta, porque as eleições nos Estados Unidos são muito importantes para o resto do mundo”, afirmou o brasileiro.
“É muito difícil a gente dar palpite num processo eleitoral de um outro país. Porque depois do resultado eleitoral, a gente tem que conviver com quem ganhou as eleições. Então tem que tomar cuidado para não criar animosidade. Eu pessoalmente gosto do Biden, já encontrei com ele várias vezes. Eu acho que o Biden tem um problema, que ele está andando mais lentamente, demorando mais para responder as coisas, possivelmente esteja pensando [em desistir]. Mas quem sabe da condição do Biden é o Biden”, completou Lula.
As declarações do presidente ocorreram durante entrevista a uma rádio da Bahia.
As eleições norte-americanas vão ocorrer em novembro. A corrida teve seu início oficial realizado no último dia 27, com debate entre Biden e Trump. O primeiro debate ocorreu de forma bastante antecipada, uma vez que normalmente são realizados depois das convenções dos partidos, marcadas para julho e agosto.
Apesar das regras que limitavam os microfones e contatos entre os candidatos, o confronto foi marcado por fortes ataques pessoais entre os candidatos e menos propostas que pudessem envolver os eleitores.
Na visão de especialistas, o debate criou uma pressão para que o Partido Democrata substitua Biden como candidato nas eleições. A medida, porém, enfrenta resistência.