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Lula cobra do Conselho de Segurança da ONU: ‘Sejam atores pacifistas e não fomentem guerra'

No Cairo, capital egípcia, presidente brasileiro voltou a criticar países e defendeu a reforma de instituições multilaterais

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

Lula em encontro com Abdel Fattah Al-Sisi, em Cairo
Lula em encontro com Abdel Fattah Al-Sisi, em Cairo Lula em encontro com Abdel Fattah Al-Sisi, em Cairo (Ricardo Stuckert/PR - 15.02.2024)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar os membros do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) e afirmou que os países devem ser "pacifistas" e não "atores que fomentam" as guerras. A declaração foi feita após reunião com o presidente do Egito, Abdel Fattah Al-Sisi, nesta quinta-feira (15), no Cairo.

"Por mais que eu procure explicação, eu não encontro. Uma explicação por que a ONU não tem força o suficiente para evitar que essas guerras aconteçam, antecipando qualquer aventura, porque a guerra não traz benefício a ninguém. Ela traz morte, destruição e sofrimento", disse Lula.

"É preciso que o Conselho de Segurança da ONU tenha outros países participando, outros países da África, da América Latina. É preciso ter uma nova geopolítica na ONU. É preciso acabar com o direito de veto dos países. E é preciso que os membros do Conselho de Segurança sejam atores pacifistas e não atores que fomentam a guerra", completou.

Durante seu discurso, Lula defendeu a reforma de instituições multilaterais, como o próprio Conselho de Segurança da ONU. "É lamentável que as instituições, que foram criadas para ajudar a solucionar esses problemas, não funcionam. Por isso o Brasil está empenhado e esperamos contar com o apoio do Egito para que a gente consiga fazer as mudanças necessárias nos órgãos de governança global."

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O presidente brasileiro criticou a posição israelense no conflito com o grupo terrorista Hamas. "O Brasil foi um país que condenou, de forma veemente, a posição de Hamas ao ataque a Israel e ao sequestro de centenas de pessoas. Nós condenamos e chamamos o ato de ato terrorista. Mas não tem nenhuma explicação o comportamento de Israel, a pretexto de derrotar o Hamas. Está matando mulheres e crianças, coisa jamais vista em qualquer guerra."

Lula e Abdel Fattah Al-Sisi se reúnem em Cairo
Lula e Abdel Fattah Al-Sisi se reúnem em Cairo Lula e Abdel Fattah Al-Sisi se reúnem em Cairo (Reprodução TV Brasil)

Acordos

Mais cedo, Lula se reuniu com o presidente do Egito, Abdel Fattah Al-Sisi, no Cairo, capital egípcia. Depois, os líderes participaram da cerimônia de atos que buscam aproximar a relação entre os dois países. Os acordos são voltados para as áreas de ciência e tecnologia e de agricultura e pecuária.

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O primeiro texto foi assinado pelos ministros da área de ciência e tecnologia. A ministra Luciana Santos firmou memorando de entendimento entre os países para permitir projetos e programas conjuntos. O segundo acordo é uma cooperação técnica na área de agricultura e pecuária. O Brasil negocia a habilitação de mais abatedouros para exportação de carne bovina para o Egito.

Agenda

Lula desembarcou no Cairo na madrugada da última quarta-feira (14). Esta é a segunda vez que o presidente visita o país – a primeira ocorreu em 2003. O convite para a agenda, que celebra os 100 anos das relações diplomáticas entre Brasil e Egito, foi feito pelo líder egípcio durante a COP27.

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Na agenda desta quinta-feira (15), estão previstas a visita de Estado oficial, com reuniões entre os dois presidentes, assinaturas de atos bilaterais, almoço oficial e declaração à imprensa. Lula também vai visitar a sede da Liga dos Estados Árabes.

O Palácio do Planalto informou que a delegação brasileira embarca no fim do dia para Adis Abeba, capital da Etiópia, onde Lula vai participar como convidado da Cúpula de Chefes de Estado e Governo da União Africana, na sexta e sábado (16 e 17).

Em Adis Abeba, a Cúpula de Chefes de Estado e Governo da União Africana deve receber entre os participantes o secretário-geral da ONU, António Guterres, e o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas. A expectativa do Itamaraty é de que Lula se reúna com ambos no sábado e domingo (17 e 18).

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