Lula critica guerra em Gaza e diz que conflito entre Israel e Irã terá ‘consequências inestimáveis’
Fala foi dita durante o discurso do petista na 51ª Cúpula do G7, no Canadá, onde o presidente participa de reuniões bilaterais
Brasília|Giovana Cardoso, do R7, em Brasília

Durante o discurso na 51ª Cúpula do G7, nesta terça-feira (17), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar a guerra em Gaza e afirmou que os ataques de Israel ao Irã podem causar “consequências globais inestimáveis“. No Canadá, o petista participa de reuniões bilaterais e debates sobre a segurança energética, diversificação, tecnologia e investimentos para assegurar acesso e sustentabilidade.
“Em Gaza, nada justifica a matança indiscriminada de milhares de mulheres e crianças e o uso da fome como arma de guerra. Os recentes ataques de Israel ao Irã ameaçam fazer do Oriente Médio um único campo de batalha, com consequências globais inestimáveis”, comentou.
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Na fala, Lula mostrou apoio a Palestina e condenou países que não reconhecem a região como Estado. “Ainda há países que resistem em reconhecer o Estado palestino, o que evidencia sua seletividade na defesa do direito e da justiça”, disse. Pelo menos 143 dos 193 países-membros da Organização das Nações Unidas reconhecem a Palestina como um país.
Além dos comentários sobre os conflitos no oriente e leste europeu, o presidente criticou os gastos com guerra, defendendo maior investimento em alimentos. “Ano após ano, guerras e conflitos se acumulam. Gastos militares consomem anualmente o equivalente ao PIB da Itália. São 2,7 trilhões de dólares que poderiam ser investidos no combate à fome e na transição justa”, completou.
Lula também defendeu a participação de países em desenvolvimento de todas as etapas das cadeias globais de minerais estratégicos e afirmou que o Brasil “não vai se tornar palco de corridas predatórias e práticas excludentes”.
Zelensky pede reunião com Lula
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aceitou o pedido feito pelo presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, para um encontro durante a reunião da Cúpula do G7, que ocorre nesta semana no Canadá.
O Brasil participa do encontro como país convidado, ao mesmo tempo em que o chefe de Estado ucraniano estará no Canadá.
A solicitação ocorreu em meio à intensificação dos ataques entre Kiev e Moscou, com um bombardeio que deixou dois mortos e 50 feridos em Kharkiv, uma das maiores cidades da Ucrânia, na última terça-feira (11).
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