Lula deve indicar nome para a PGR nos próximos dias e negocia rapidez na análise pelo Senado
O nome mais cotado é o procurador Paulo Gonet, que tem o apoio dos ministros do STF Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes
Brasília|Renata Varandas, da Record, e Gabriela Coelho, do R7, em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve indicar nos próximos dias o nome para o comando da Procuradoria-Geral da República. No entorno do presidente, o procurador eleitoral Paulo Gonet desponta como favorito. Gonet tem o apoio dos ministros do Supremo Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes. A indicação é para substituir Augusto Aras, cujo mandato se encerrou em 26 de setembro.
Lula pretende que a sabatina pela qual o indicado tem de passar no Senado seja feita logo após ele definir o nome para a vaga. A Record apurou que Lula recebeu o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, na última segunda-feira à noite, como parte dessa estratégia.
A reportagem apurou ainda que eles conversaram sobre a crise fiscal que assola Minas Gerais, e que Lula teria prometido a Pacheco que o senador vai ser o protagonista nas ações para tentar minimizar os problemas do estado, ofuscando assim o governador Romeu Zema, uma das principais vozes da oposição ao governo federal. Em troca, Pacheco aceleraria a apreciação do nome indicado à PGR.
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Assim, a expectativa é que, tão logo o nome seja anunciado, o Senado encaminhe a indicação à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, em seguida, ao plenário. Para que o nome seja aprovado, são necessários os votos favoráveis de pelo menos 41 dos 81 senadores (maioria absoluta).
Quem é Paulo Gonet
Paulo Gustavo Gonet Branco ingressou no MPF em 1987 e é o atual vice-procurador-geral eleitoral da instituição. Ele foi responsável por elaborar o parecer do Ministério Público Eleitoral a favor de que o TSE declarasse a inelegibilidade de Jair Bolsonaro (PL) pela conduta do ex-presidente em encontro com embaixadores no Palácio da Alvorada, em julho do ano passado, quando levantou suspeitas sobre as urnas eletrônicas, sem apresentar provas, e atacou o sistema eleitoral brasileiro.
A PGR está sob comando interino da vice-presidente do Conselho Superior do Ministério Público Federal, a subprocuradora-geral Elizeta Ramos.