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Lula dispensa 56 militares que atuavam na Presidência

Portarias foram publicadas nesta terça-feira (17) no Diário Oficial da União e são assinadas por ministros do governo

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva em reunião
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva em reunião Presidente Luiz Inácio Lula da Silva em reunião

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dispensou 56 militares que atuavam na Presidência da República, entre eles vários servidores que trabalhavam no Palácio da Alvorada e na Granja do Torto. As dispensas foram publicadas nesta terça-feira (17) no Diário Oficial da União (DOU) e são assinadas por ministros do governo.

Entre os dispensados estão praças e oficiais. Com a medida, os militares serão realocados em outras frentes de atuação das Forças Armadas. O Ministério da Defesa foi questionado pela reportagem, mas não se pronunciou.

O tenente-coronel Marcelo Ustra da Silva Soares está entre os dispensados, por exemplo. O militar é primo de Carlos Alberto Brilhante Ustra, um dos principais torturadores da ditadura militar brasileira (1964-1985).

A reportagem acionou o Palácio do Planalto e aguarda posicionamento.

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Desconfiança

A medida tomada pelo petista ocorre após algumas declarações que demonstram desconfiança com os militares. Durante café da manhã com jornalistas na última semana, Lula disse que contratou pessoas em quem confia para os cargos de ajudante de ordem, postos que eram ocupados por militares no governo anterior.

Na sequência, o presidente afirmou estar convencido de que alguém facilitou a entrada de extremistas durante a invasão, em 8 de janeiro, dos prédios dos Três Poderes, em Brasília. "Teve muita gente conivente, muita gente da PM conivente, muita gente das Forças Armadas conivente", disse Lula.

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Na ocasião, extremistas que não aceitam o resultado da eleição de 2022 invadiram o Palácio do Planalto e as sedes do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF).

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Diante do cenário, o presidente decretou intervenção federal na área de segurança pública do Distrito Federal até 31 de janeiro. O escolhido para interventor foi Ricardo Cappelli, secretário-executivo do Ministério da Justiça.

Até o momento, cerca de 1.500 pessoas foram presas pelos atos antidemocráticos — uma delas é Anderson Torres, ex-ministro da Justiça da gestão Jair Bolsonaro (PL) e ex-secretário de Segurança do DF.

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