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R7 Brasília

Lula libera ministros para decidir quem vão apoiar nas eleições municipais

Presidente também orientou equipe a elogiar aliados sem ofender adversários

Brasília|Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília


Lula quer política 'da cintura para cima' Ricardo Stuckert/Presidência da República - 8.8.2024

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva liberou seus ministros, durante reunião ministerial nesta quinta-feira (8), para decidir quem vão apoiar nas eleições municipais deste ano. Segundo o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o presidente orientou que os chefes das pastas federais defendam os aliados sem ofender os opositores, independentemente de os adversários serem da base do governo Lula.

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“O presidente orientou que cada um tem absoluta liberdade para escolher os candidatos [que vão apoiar]. Agora, aos ministros que forem participar das campanhas, ele aconselhou que façam todos os elogios aos seus candidatos e não façam críticas ou ofensas a adversários, independentemente de ser da base ou não. O presidente quer que os ministros repliquem o modus de fazer política que ele tem defendido, da cintura para cima, sem ataques, defendendo propostas e valores”, declarou Rui Costa, após a reunião ministerial, que durou pouco mais de sete horas.

Ainda segundo o ministro, Lula não vai indicar quais candidatos devem ser apoiados pelos integrantes de seu governo. “O ministro, mesmo que não esteja falando no cargo do ministro, simboliza o governo e ele gostaria que o símbolo do governo dele fosse que cada um é muito enfático na defesa do seu candidato, mas não precisa colocar adjetivos negativos nos outros. Ele não vai cobrar nem coordenar nenhum tipo de alinhamento partidário em relação a candidatos, mas deixou essa orientação”, completou.

O próprio presidente participou de algumas convenções partidárias de oficialização dos candidatos. Pela legislação eleitoral, as legendas precisavam fazer os encontros até a última segunda-feira (5) para formalizar os nomes que vão disputar o pleito em outubro. Depois das confirmações, os partidos têm de registrar as candidaturas até 15 de agosto. No dia seguinte, começa a campanha eleitoral.


Lula iniciou a participação nas eleições municipais em 20 de julho, no evento que confirmou o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) à Prefeitura de São Paulo. A vice será Marta Suplicy (PT). No mesmo dia, o presidente foi à confirmação do deputado estadual Luiz Fernando (PT) como o nome do PT para a prefeitura de São Bernardo do Campo (SP), berço político de Lula. A chapa vai seguir a preferência do presidente em 2022 e terá como vice um candidato do PSB — Dr. Dib. No último sábado (3), o presidente foi à convenção do candidato do PT à prefeitura de Fortaleza, Evandro Leitão.

Congelamento de gastos

De acordo com Rui Costa, Lula reforçou a preocupação do governo com as contas públicas. “Corte é corte. Se precisar ajustar, ninguém vai estar com sorriso até a orelha, mas [o congelamento] foi em função do compromisso reiterado do presidente com a responsabilidade e o equilíbrio fiscal”, destacou o ministro.


Em 18 de julho, depois de reunião com Lula, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo federal vai congelar R$ 15 bilhões no Orçamento de 2024 para garantir que os gastos públicos fiquem dentro das novas metas fiscais. Segundo o ministro, serão R$ 11,2 bilhões bloqueados e R$ 3,8 bilhões contingenciados “para manter o ritmo do cumprimento do arcabouço fiscal até o fim do ano”.

Os ministérios da Saúde e das Cidades foram os mais afetados pelo congelamento. Também vão ter de cortar despesas os ministérios dos Transportes e Educação. O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, responsável pelos principais programas sociais do governo, vai precisar economizar quase R$ 1 bilhão. O Ministério do Meio Ambiente foi o único poupado da contenção de gastos.

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