O ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse nesta sexta-feira (25) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quer uma conversa "olho no olho" com os partidos do centrão que pretendem entrar no governo, antes de definir como será feita a reforma ministerial para acomodar as legendas. "O presidente Lula gosta de conversar 'olho no olho' com as lideranças políticas, com as pessoas que foram indicadas pelas duas bancadas federais para compor o governo", afirmou o ministro em uma entrevista coletiva após ter participado do velório do ex-governador do Rio de Janeiro Francisco Dornelles.• Compartilhe esta notícia no WhatsApp • Compartilhe esta notícia no Telegram Segundo Padilha, "o desenho não está definido". "O presidente Lula, na ida à África, pediu informações para decidir esse desenho. O que já está decidido é acolher as duas indicações, do Republicanos e do PP. O presidente Lula, na volta da África, vai sugerir [quais pastas os indicados vão assumir]", comentou. "Obviamente, tem que haver um reposicionamento de duas pastas, mas isso é o presidente quem vai definir. Não definiu ainda", completou. Desde o mês passado, Lula tem prometido promover uma reforma ministerial para acomodar mais partidos do centrão no governo. O chefe do Executivo já decidiu que os deputados André Fufuca (PP-MA) e Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) vão compor a equipe dele, mas ainda não escolheu os ministérios que eles vão comandar. Algumas das pastas cogitadas na negociação com o centrão são o Ministério dos Portos e Aeroportos e o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome. Esse último, no entanto, tem dificultado a conclusão da reforma. O PP é o maior interessado na pasta e tem insistido em assumi-la. Lula, no entanto, resiste. Ele considera o ministério como o coração do governo, em especial por tratar do Bolsa Família.
