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Lula recebe Lira no Alvorada depois de críticas à articulação do governo

Presidente da República ouviu do presidente da Câmara que o governo precisa melhorar diálogo com parlamentares

Brasília|Augusto Fernandes, do R7, em Brasília

Lula e Arthur Lira na cerimônia de posse presidencial
Lula e Arthur Lira na cerimônia de posse presidencial Lula e Arthur Lira na cerimônia de posse presidencial

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), no Palácio da Alvorada na manhã desta segunda-feira (5) após uma semana marcada por insatisfação do Congresso Nacional com a articulação política do governo e a relação com o Parlamento. O encontro não estava previsto na agenda oficial de nenhum dos dois. Lula e Lira tomaram café da manhã juntos e conversaram por cerca de uma hora.

Na última semana, o governo ficou perto de uma derrota histórica e correu o risco de perder boa parte da estrutura ministerial que está em funcionamento desde o início do ano. A medida provisória assinada por Lula que definiu a composição da Esplanada foi aprovada no último dia legal antes de perder a validade, e os principais líderes do Congresso disseram que a proposta só não foi rejeitada em solidariedade à base do governo no Parlamento.

Após a votação, Lira admitiu o incômodo com as falhas do governo e disse que a Câmara deu um último voto de confiança ao presidente. “A Câmara, os líderes de partidos independentes, que não estão na base, reconheceram a necessidade de dar mais uma oportunidade ao governo. Portanto, nós estamos longe ainda de comemorar uma base, como alguns tentam passar”, afirmou ele.

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“Daqui para a frente, o governo tem que andar com as próprias pernas, e não haverá nenhum tipo de sacrifício dos parlamentares. O governo sabe e tem consciência de que a acomodação política não está feita, não tem base consolidada, e convencemos nossos deputados de que é importante que o governo tenha sua gestão”, completou.

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O líder do União Brasil na Câmara, deputado Elmar Nascimento (BA), reforçou as críticas. “Depois que ficamos até a meia-noite fazendo lavagem de roupa suja, devo dizer que a insatisfação é geral, todos os líderes reconhecem. Tudo isso é fruto da forma contraditória, desgovernada, da falta de uma base estabilizada.”

Na sexta-feira (2), Lula admitiu dificuldades na articulação política com o Congresso Nacional e afirmou que o governo correu o risco de perder ministérios. “Ontem, a gente corria o risco de não ter aprovado o sistema de organização do governo que nós fizemos. E, aí, você não pode procurar amigo. Você tem de conversar com quem não gosta da gente, com quem não votou na gente”, comentou o presidente.

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Lula disse ainda que não tem uma base sólida de apoio no Parlamento, em especial na Câmara dos Deputados. “A esquerda toda tem no máximo 136 votos, isso se ninguém faltar. Para votar uma coisa simples, precisamos de 257. E, para aprovar uma emenda constitucional, é maior ainda o número de deputados. É preciso que vocês saibam o esforço para governar. Não é só ganhar a eleição. Você ganha e precisa passar o tempo inteiro conversando para ver se consegue aprovar uma coisa.”

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