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Lula se reúne com Pacheco e Lira pela primeira vez após eleição

Assunto principal das reuniões será a arquitetura da PEC da Transição; proposta deve ser apresentada nesta quarta-feira

Brasília|Hellen Leite, do R7, em Brasília

O presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva
O presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva O presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva

O presidente da República eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), vai se reunir nesta quarta-feira (9) com os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber. A PEC da Transição, que permite ampliar o Orçamento de 2023, deve ser o principal assunto a ser discutido nos encontros (entenda a PEC da Transição mais abaixo).

Inicialmente, a equipe do petista havia se comprometido a apresentar o texto da proposta nesta terça-feira (8), durante o encontro da Comissão Mista de Orçamento (CMO) no Senado. No entanto, a reunião foi adiada. A minuta deve ficar pronta ainda hoje, mas só será apresentada na quarta-feira. 

O texto ainda precisa passar pelo crivo de Lula e só deve ter os últimos detalhes ajustados após a conversa do presidente eleito com Lira e Pacheco. A reunião com Lira está marcada para ocorrer às 10h, na residência oficial do presidente da Câmara, e o encontro com Pacheco vai acontecer às 13h, na residência oficial do presidente do Senado.

Logo após o resultado da eleição presidencial, em 30 de outubro, Pacheco disse que o Brasil entra em um "novo ciclo de união e responsabilidade dos mandatários" e que o Senado está disposto a dialogar com a equipe de transição do petista.

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"O Congresso Nacional está pronto para que os projetos de interesse nacional sejam apreciados, sempre com critério, juízo crítico, independência, mas com espírito de colaboração", comentou.

Após a reunião com os comandantes da Câmara e do Senado, Lula participa de um encontro com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, às 15h. A magistrada é a responsável por colocar em pauta os julgamentos no plenário da Corte.

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PEC da Transição

A chamada PEC da Transição, anunciada na última quinta-feira (3) pela equipe do governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), será oficialmente apresentada nesta quarta-feira (9). A matéria prevê a liberação de verba acima do teto de gastos para poder financiar as promessas de campanha do petista.

A prioridade é a manutenção do Auxílio Brasil de R$ 600, mais R$ 150 para famílias com crianças menores de 6 anos. Sem o recurso extra, o benefício cai para R$ 405 em 2023. Além disso, o aumento de 1,3% no salário mínimo, que deve custar R$ 7 bilhões, e a recomposição do mínimo constitucional da saúde, que tem déficit de R$ 15 bilhões, devem entrar na PEC.

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A ideia é que a equipe de Lula indique quais políticas precisariam extrapolar o teto, mas sem a imposição de valores. Quem vai determinar quanto será destinado a cada tema será o Congresso Nacional, na votação do Orçamento de 2023.

"A PEC não pode ter previsão de valores. O valor quem libera é o Congresso Nacional", afirmou o deputado federal Enio Verri (PT-PR), um dos parlamentares da equipe de transição. "A PEC tem como papel principal dar a mínima condição para o Brasil funcionar a partir de janeiro", completou.

Segundo o ex-governador do Piauí e senador eleito Wellington Dias (PT), que também integra a equipe de transição, a articulação segue duas linhas: "A equipe técnica vai se debruçar para quantificar o valor necessário em cada ponto crítico, em cada ponto que tem insuficiência de recursos para 2023. Ao mesmo tempo, [trabalha] a proposta de uma emenda que cria uma excepcionalidade para garantir legalmente os recursos necessários", disse.

O texto da emenda está sob a coordenação do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), e os temas que serão excluídos do teto de gastos ainda não foram oficializados. Devem entrar no texto programas de obras, investimentos, remédios e auxílios sociais.

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