Logo R7.com
Logo do PlayPlus
R7 Brasília

Maioria do STF rejeita denúncia da Lava Jato contra Arthur Lira

Relator do caso entendeu que não foram apresentadas provas que confirmariam o recebimento de propina pelo parlamentar

Brasília|Renato Souza e Isabella Macedo, do R7, em Brasília

Arthur Lira foi denunciado pela PGR ao Supremo em junho de 2020
Arthur Lira foi denunciado pela PGR ao Supremo em junho de 2020

A maioria dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) votou para rejeitar uma ação apresentada no âmbito da Operação Lava Jato contra o atual presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Na ação, o parlamentar era acusado de ter recebido R$ 1,5 milhão em propina.

De acordo com a denúncia, Lira teria recebido os valores em 2012. O caso foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República em junho de 2021. O relator do processo, ministro Edson Fachin, entendeu que o Ministério Público não conseguiu provar crime de corrupção atribuído ao deputado.

Seguiram o voto de Fachin, até o momento, os ministros Gilmar Mendes, Rosa Weber, Alexandre de Moraes, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia e Dias Toffoli. Além de Lira, foram denunciados o doleiro Alberto Youssef, Leonardo Meirelles, Henry Hoyer de Carvalho e o executivo Francisco Ranulfo.

Leia também

Yousseff, Meirelles e Hoyer fizeram acordos de delação premiada. Lira foi acusado de receber o dinheiro para influenciar ações do governo. No entanto, o ministro Fachin destacou que a Lava Jato não apresentou extratos de transferências, gravações telefônicas ou outras provas que revelassem o pagamento da propina.


Segundo a denúncia, Lira teria recebido os valores por meio de um assessor parlamentar. Mas o nome desse assessor, alegado pelo Ministério Público, não foi identificado no processo.

Na tarde desta quinta, após reunião de líderes na Câmara, Lira disse ter recebido a decisão com tranquilidade por não esperar outro resultado. O presidente da Câmara afirmou que a ação foi aberta com base em uma delação premiada de um rival político e criticou o instrumento da delação premiada. 

"Tive quatro inquéritos arquivados por causa de delação de um inimigo político. Então isso é mais do que necessário para a gente rever e pensar direito como funcionaram as delações na Operação Lava Jato e como elas se comportaram no Brasil (...). Hoje se fez o que tinha que ser feito. [Eu] não deveria ter sido denunciado, não deveria ter tido o inquérito, e não deveria ter outro fim que não fosse esse. Eu recebo com muita tranquilidade, sempre acreditando na Justiça e reafirmando que é esta é a quarta [denúncia rejeitada]. Abriram quatro inquéritos contra mim, os quatro foram arquivados", completou Lira.

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.