Mais Médicos vai priorizar brasileiros, mas cubanos vão poder voltar ao programa, diz ministra
Nísia Trindade, titular da pasta da Saúde, defendeu profissionais estrangeiros e informou que vai trabalhar para melhorar o Revalida
Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou que o Mais Médicos para o Brasil, lançado nesta segunda-feira (20), vai priorizar os médicos brasileiros formados no país, mas que profissionais cubanos poderão voltar ao programa desde que cumpram as regras previstas nos editais.
"Médicos de qualquer nacionalidade vão cumprir o que está previsto na lei. A prioridade será [dada] aos médicos brasileiros com registro no Brasil. O segundo ponto é médicos brasileiros com formação no exterior e, em terceiro lugar, médicos formados no exterior", afirmou Nísia.
"Neste momento, os médicos cubanos poderão participar junto com outros médicos estrangeiros, a partir do edital. Os médicos cubanos cumpriram um belíssimo e importante papel, e, como o presidente falou, temos que agradecer a esses médicos que muito contribuíram para a atenção primária", completou.
O governo federal relançou o programa durante cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília. O Mais Médicos foi criado durante a gestão da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2013. Cercado de polêmicas desde o início, o projeto custou R$ 13 bilhões entre o ano de lançamento e 2017. Desse total, quase R$ 7 bilhões foram destinados ao pagamento do convênio para a contratação dos médicos cubanos que atuaram pelo programa no Brasil.
Revalida
A ministra da Saúde informou ainda que vai trabalhar para melhorar o Revalida (exame de revalidação de diploma estrangeiro para atuação no país). "Vamos trabalhar para um Revalida de qualidade, inclusivo e que nos permita, a médio prazo, superar o problema dos registros", disse Nísia.
O Revalida tem o objetivo de aferir a aquisição de conhecimentos, habilidades e competências requeridos para o exercício profissional, adequados aos princípios e necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS), em nível equivalente ao exigido dos médicos formados no país. A revalidação do diploma é responsabilidade das universidades públicas que aderirem ao Revalida.