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Após ato dos EUA, ministro diz que Mais Médicos ‘sobreviverá a ataques injustificáveis’

Alexandre Padilha defende secretários que tiveram vistos dos EUA cassados: ‘Saúde e soberania não se negociam’

Brasília|Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Ministro Alexandre Padilha defende o programa Mais Médicos após punições dos EUA.
  • Departamentos norte-americanos revogaram vistos de secretários brasileiros envolvidos no programa.
  • Padilha afirma que não se curvará a ataques a vacinas e à ciência.
  • Os EUA alegam que o programa promoveu exploração de médicos cubanos e burlou sanções contra Cuba.

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Padilha também era ministro da Saúde quando Mais Médicos foi criado Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil - 29.07.2025

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, defendeu nesta quarta-feira (13) o Mais Médicos, após os Estados Unidos anunciarem punição a secretários ligados ao programa (leia mais abaixo).

Sem citar o presidente norte-americano, Donald Trump, Padilha afirmou que o Mais Médicos “sobreviverá aos ataques injustificáveis de quem quer que seja”.


O programa foi criado em 2013 pela então presidente Dilma Rousseff para ampliar o atendimento médico no interior do país. À época, o chefe da Saúde também era Padilha.

“Não nos curvaremos a quem persegue as vacinas, os pesquisadores, a ciência e, agora, duas das pessoas fundamentais para o Mais Médicos na minha primeira gestão como Ministro da Saúde, Mozart Sales e Alberto Kleiman“, escreveu o ministro, em uma rede social.


Entenda

O Departamento de Estado dos Estados Unidos anunciou nesta quarta-feira (13) a revogação e a imposição de restrições de visto a diversos funcionários do governo brasileiro, ex-integrantes da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) e familiares.

Segundo a pasta, eles teriam participado de um esquema de exportação coercitiva de mão de obra do regime cubano pelo programa Mais Médicos.


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Um dos afetados pela medida é o secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, Mozart Julio Tabosa Sales. Outro punido foi Alberto Kleiman, que trabalhou na pasta entre 2012 e 2015 e atuou na Opas de 2015 a 2022.

“O Departamento de Estado revogou os vistos de Mozart Julio Tabosa Sales e Alberto Kleiman, ambos atuantes no Ministério da Saúde do Brasil durante o programa Mais Médicos. Eles desempenharam o planejamento e implementação do programa. Nossa medida envia uma mensagem inequívoca de que os Estados Unidos promovem a responsabilização daqueles que possibilitam o esquema de exportação de trabalho forçado do regime cubano”, informou o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio.


Leia a íntegra do comunicado publicado por Marco Rubio

O Departamento de Estado tomou hoje medidas para revogar e impor restrições de visto a vários funcionários do governo brasileiro, ex-funcionários da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e seus familiares, por envolvimento no esquema de exportação de mão de obra do regime cubano no programa Mais Médicos. Esses indivíduos foram responsáveis ou ajudaram o esquema coercitivo de exportação de mão de obra do regime cubano, que explora trabalhadores médicos cubanos por meio de trabalho forçado. Esse esquema enriquece o regime cubano corrupto e priva o povo cubano de cuidados médicos essenciais.

Como parte do programa Mais Médicos no Brasil, esses indivíduos utilizaram a OPAS como intermediária junto à ditadura cubana para implementar o programa sem cumprir os requisitos constitucionais brasileiros, burlando as sanções dos EUA contra Cuba e, conscientemente, repassando ao regime cubano valores devidos aos trabalhadores médicos cubanos. Dezenas de médicos cubanos que atuaram no programa relataram ter sido explorados pelo regime cubano.

O Departamento de Estado revogou os vistos de Mozart Julio Tabosa Sales e Alberto Kleiman, ambos atuantes no Ministério da Saúde do Brasil durante o programa Mais Médicos e desempenharam o planejamento e implementação do programa. Nossa medida envia uma mensagem inequívoca de que os Estados Unidos promovem a responsabilização daqueles que possibilitam o esquema de exportação de trabalho forçado do regime cubano.

Perguntas e respostas:

Qual foi a defesa feita pelo ministro da Saúde em relação ao programa Mais Médicos?

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, defendeu o programa Mais Médicos após os Estados Unidos anunciarem punições a secretários ligados ao programa. Ele afirmou que o Mais Médicos “sobreviverá aos ataques injustificáveis de quem quer que seja”.

Quando foi criado o programa Mais Médicos e qual era seu objetivo?

O programa Mais Médicos foi criado em 2013 pela então presidente Dilma Rousseff, com o objetivo de ampliar o atendimento médico no interior do país.

Quem são os secretários afetados pela revogação de vistos e qual foi a justificativa do Departamento de Estado dos EUA?

Os secretários afetados pela revogação de vistos são Mozart Julio Tabosa Sales e Alberto Kleiman. O Departamento de Estado dos EUA justificou a medida alegando que eles teriam participado de um esquema de exportação coercitiva de mão de obra do regime cubano pelo programa Mais Médicos.

O que disse o secretário de Estado norte-americano sobre a revogação dos vistos?

O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, afirmou que a revogação dos vistos envia uma mensagem clara de que os Estados Unidos promovem a responsabilização de indivíduos que possibilitam o esquema de exportação de trabalho forçado do regime cubano.

Como o programa Mais Médicos foi implementado em relação à OPAS e ao regime cubano?

O programa Mais Médicos utilizou a OPAS como intermediária junto ao regime cubano para implementar o programa, supostamente sem cumprir os requisitos constitucionais brasileiros e burlando sanções dos EUA contra Cuba.

Qual foi a reação de Alexandre Padilha em relação às acusações feitas pelos EUA?

Alexandre Padilha não se curvou às acusações e defendeu a importância do programa, ressaltando que não se curvarão a quem persegue a ciência e os pesquisadores envolvidos no Mais Médicos.

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