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R7 Brasília

Moro cobra explicações do PT por ação pela volta de visita íntima a presos federais

Caso houvesse um parecer positivo, medida poderia beneficiar integrantes do PCC e outras facções sob custódia federal

Brasília|Bruna Lima, do R7, em Brasília

Senador Sergio Moro na tribuna do plenário
Senador Sergio Moro na tribuna do plenário

O senador e ex-ministro da Justiça Sergio Moro (União-PR) iniciou uma ofensiva contra o PT nesta sexta-feira (24), ao pedir explicação do partido sobre a autoria de uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) que pede a volta de visitas íntimas em presídios federais. Caso houvesse um parecer positivo, a medida poderia beneficiar integrantes do PCC sob custódia federal.

"O PT deve uma explicação ao Brasil sobre sua participação como autor na ADPF 518 junto ao STF (Supremo Tribunal Federal), quando tentou derrubar a proibição feita pelo MJ (Ministério da Justiça) de visitas íntimas às lideranças do PCC e do CV em presídios federais", disse Moro, pelas redes sociais. 

A reação de Moro ocorre após Lula comentar, sem provas, que o plano descoberto pela Polícia Federal que tinha como alvo o ex-juiz e a família dele era uma "armação". "É visível que é mais uma armação, mas isso a gente vai esperar, não vou atacar ninguém sem ter provas", disse o petista ao ser questionado sobre o fato de estar ou não acompanhando os desdobramentos da operação.

A ADPF foi extinta pelo Supremo pela perda do objeto da ação em razão de uma alteração na lei que dispõe sobre a transferência e inclusão de presos em estabelecimentos penais federais de segurança máxima e dá outras providências. "O desastre foi evitado somente porque o STF extinguiu a ação e protegeu a sociedade contra o crime", completou Moro. 


Até então, Moro não havia feito nenhuma relação entre o PT ou Lula e as facções criminosas por trás do planejamento do ataque contra ele. O senador chegou a ser elogiado por parlamentares por não "politizar" as investigações.

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A associação entre o governo Lula e o PCC tem sido feita por parlamentares da oposição, que chegaram a relacionar o plano da facção criminosa de executar Moro e sua família, além de outras autoridades e servidores públicos, com a fala do presidente de querer vingança contra o ex-ministro da Justiça. Não há nenhuma evidência de relação entre os acontecimentos. 

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