Motorista do ônibus envolvido em acidente com trem diz que veículo 'não teve forças para arrancar'

O motorista do ônibus que se envolveu em um acidente com um trem de carga na tarde da última sexta-feira (17) na Ferrovia Centro-Atlântico disse, em depoimento à polícia, que o veículo era “velho” e que “não teve força para arrancar”.

O homem acrescentou que não teve espaço suficiente para passar todo o veículo pela linha de trem e que ficou “preso” entre dois carros, segundo informações do boletim de ocorrência da Polícia Civil. O acidente resultou na morte de uma mulher, de 37 anos, e cinco pessoas feridas.

O condutor do coletivo disse aos agentes que o engarrafamento parou "de repente" na linha. Ele deve prestar depoimento oficial à 3ª Delegacia de Polícia (Cruzeiro) nesta semana, quando receber alta hospitalar. No dia do acidente, o motorista foi encontrado pelos agentes em estado de choque e foi encaminhado à ala psiquiátrica do Hospital de Base.

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A Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob) disse ao R7 que o ônibus completa nove anos no fim de 2023. De acordo com a pasta, a “regra de renovação da frota de ônibus do DF é quando os veículos atingem a idade de sete anos para ônibus básicos e miniônibus, e de dez anos para articulados”.

Já a Viação Marechal declarou que o veículo está com o selo de vistoria do DF Trans em dia. “A vistoria aconteceu em 1/9 com validade até 29/11”, afirmou. Em nota, a empresa também disse que em outubro foi realizada a troca da catraca do freio traseiro, e que cinco dias antes do acidente, em 13 de novembro, foi feita uma preventiva geral, “faltando 2,6 km para sua próxima revisão”.

No dia do acidente, a Marechal lamentou o ocorrido e disse que os “assistentes sociais e psicólogos estão comprometidos em acompanhar de perto o caso, assegurando toda a assistência necessária às vítimas e seus familiares”.

Vítima em estado grave

O Instituto de Gestão Estratégica (Iges-DF) atualizou, nesta segunda-feira (20), o quadro de saúde de duas pessoas que seguem internadas no Hospital de Base. Segundo o instituto, um paciente segue em estado grave e é monitorado pela equipe de neurocirurgia, além de usar suporte circulatório. “Será realizada uma nova tomografia computadorizada para monitorar” a evolução do quadro.

Outras duas vítimas, uma em estado de choque e aos cuidados da área de psiquiatria do Base, aguarda avaliação psicológica para definir o melhor tratamento. Uma terceira recebeu alta e deve voltar ao ambulatório de ortopedia em sete dias para nova avaliação.