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Mulher é presa no DF sob suspeita de prostituir e manter adolescentes em cárcere privado

À polícia, vítimas afirmaram que eram ameaçadas, agredidas e forçadas a se prostituir em troca de alimentação e moradia

Brasília|Jéssica Moura, do R7, em Brasília


Policiais militares chegam a local onde adolescentes estavam sendo obrigadas a se prostituir
Policiais militares chegam a local onde adolescentes estavam sendo obrigadas a se prostituir

A Polícia Militar libertou na tarde desta terça-feira (30) duas adolescentes e uma mulher de 23 anos que eram mantidas em cárcere privado e forçadas a se prostituir em troca de moradia e alimentação. Os agentes prenderam uma mulher de 44 anos, dona da casa de prostituição que funcionava no Sol Nascente e Pôr do Sol, no Distrito Federal.

Segundo a corporação, uma das adolescentes ligou para a polícia fingindo estar passando informações sobre um roubo em um ônibus. O intuito da jovem seria evitar que a cafetina percebesse que ela estava pedindo ajuda.

Quando os agentes retornaram a ligação para obter mais detalhes do roubo, a jovem informou que era mantida à força, ameaçada e obrigada a se prostituir. Percebendo o pedido de socorro, a cafetina teria agredido e expulsado a adolescente e seu filho de 3 meses de casa. Segundo a polícia, todos os pertences da jovem foram jogados na rua.

A mulher foi presa assim que os policias chegaram ao local. No imóvel, os agentes encontraram outra adolescente, de 16 anos, e uma mulher de 23 anos na mesma condição.

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Modus operandi

De acordo com o testemunho da adolescente que denunciou o esquema, a cafetina a abordou em uma praça, oferecendo abrigo e alimentação. A jovem, que havia saído de casa após sofrer violência sexual do padrasto, aceitou a ajuda. No entanto, pouco depois a mulher teria começado a forçar a jovem a se prostituir.

Segundo ela, o dinheiro recebido por meio da prostituição seria usado, principalmente, para sustentar o vício da cafetina em drogas. Todos os envolvidos foram levados à Delegacia Especial de Atendimento à Mulher. A suspeita foi autuada pelo crime de favorecimento à prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança, ou adolescente ou de vulnerável. A pena para os condenados varia de 4 a 10 anos.

O Conselho Tutelar foi acionado, pois a mulher presa tem uma filha de 5 anos, que, segundo relato de testemunhas, já estaria fazendo uso de entorpecentes.

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