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'Não existe ninguém insubstituível', diz Bolsonaro em São Paulo

Fala ocorreu após encontro com parlamentares do PL; ex-presidente disse que ainda é o principal nome do partido

Brasília|Do R7, em Brasília, com informações da Agência Estado

Bolsonaro em reunião com deputados do PL na Alesp
Bolsonaro em reunião com deputados do PL na Alesp

Após encontro com parlamentares federais e estaduais do PL na Assembleia Legislativa de São Paulo, o ex-presidente Jair Bolsonaro disse que não é "insubstituível", mas afirmou que ainda é o principal nome do partido. A reunião ocorreu nesta segunda-feira (26), na véspera da retomada do julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) da ação que pode torná-lo inelegível.

O encontro integra um roteiro de viagens que o ex-presidente tem feito pelo país para se defender e difundir o discurso de que é "perseguido".

"Não existe ninguém insubstituível. Tem muita gente no momento muito mais competente do que eu, mas que não tem o conhecimento nacional que eu tenho. Além de eu ter 28 anos de Parlamento, 15 de Exército, eu tive quatro de presidente da República. E consegui o carinho de uma parte considerável da população", disse.

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Julgamento no TSE

O TSE retoma nesta terça (27) o julgamento da ação que pode cassar por oito anos os direitos políticos de Bolsonaro. Ele é acusado de abuso de poder político, conduta vedada, desordem informacional e uso indevido dos meios de comunicação em razão de reunião com embaixadores estrangeiros no Palácio da Alvorada, em julho do ano passado. Na ocasião, o então presidente disse, sem apresentar provas, que as eleições no Brasil não seriam confiáveis.


"É justo cassar os direitos políticos de alguém que se reuniu com embaixadores? Não é justo falar: 'Atacou a democracia'. Aperfeiçoamento, buscar, colocar camadas de proteção, isso é bom para a democracia", disse Bolsonaro.

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Aperfeiçoamento

Ainda de acordo com o ex-presidente, não houve "ataque à democracia" no evento no Alvorada. "Eu já fui multado, no meu CPF, em R$ 20 mil, por causa daquela reunião com embaixadores. O que não podemos aceitar passivamente no Brasil é que possíveis críticas ou sugestões de aperfeiçoamento no sistema eleitoral sejam tidas como um ataque à democracia", disse ele.

Em São Paulo, o ex-presidente foi recebido pelo presidente da Assembleia paulista, André do Prado (PL), e pelo deputado estadual Gil Diniz (Republicanos). O ex-secretário de Comunicação Social Fábio Wajngarten acompanhou a reunião na Casa. No domingo, Bolsonaro almoçou com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.

Nessa série de viagens — Bolsonaro esteve em Porto Alegre na semana passada —, o ex-chefe do Executivo busca ajudar Costa Neto a aumentar o número de filiados do PL para disputar prefeituras em 2024.

Em São Paulo, o maior dilema do bolsonarismo está na capital. O ex-ministro do Meio Ambiente e hoje deputado Ricardo Salles, que se colocou como candidato à prefeitura, tem tido atritos com o presidente do PL.

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