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O que está por trás das desocupações dos plenários do Senado e da Câmara

Presidentes das Casas atuaram de formas diferentes diante de obstrução organizada por parlamentares da oposição

Brasília|Rute Moraes, do R7, em BrasíliaOpens in new window

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Parlamentares de oposição ocuparam Câmaras em protesto pela prisão de Jair Bolsonaro.
  • Na Câmara, exigiram votação de PEC para acabar com foro privilegiado e discutir anistia.
  • No Senado, buscavam impeachment do ministro Alexandre de Moraes, mas Davi Alcolumbre não pautou o pedido.
  • Alcolumbre ameaçou suspender mandatos de senadores caso plenário não fosse desocupado.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Oposição pedia anistia, fim do foro privilegiado e impeachment de Moraes Bruno Spada/Câmara dos Deputados - 06/08/2025

Entre terça (5) e quinta-feira (7), parlamentares de oposição ocuparam os plenários da Câmara dos Deputados e do Senado em protesto após a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), determinada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.

Na Câmara, o grupo pleiteava a votação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que acaba com o foro privilegiado de políticos e a retomada da discussão sobre o projeto de lei que anistia os presos pelos atos extremistas do 8 de Janeiro.


No Senado, a pauta era votar o pedido de impeachment de Moraes. Na noite da quarta-feira (6), deputados de oposição permitiram que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), retomasse o controle do plenário após firmarem acordo com lideranças partidárias.

O combinado foi fechado a portas fechadas no gabinete do ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) com União, PP, PSD, PL e Novo.


Segundo o acordo, na próxima semana, a Câmara vai votar a PEC e, em seguida, retomar as conversas sobre a anistia. O acerto não envolveu Motta. O plenário foi desocupado após as 22h da quarta. Na quinta-feira (7), houve sessão na Casa.

Ameaça de suspensão

Já no Senado, os oposicionistas alegam que desobstruíram o plenário após angariarem as 41 assinaturas em prol do impeachment de Moraes.


Além disso, dizem que o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), teria prometido que não barraria as pautas prioritárias da oposição oriundas da Câmara, a exemplo da anistia.

Alcolumbre, contudo, rejeitou pautar o pedido de impeachment, alegando que não iria acirrar ainda mais os ânimos entre os Poderes.


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Conforme líderes partidários ouvidos pelo R7, em reunião, o presidente do Senado ameaçou suspender os mandatos dos senadores Eduardo Girão (Novo-CE) e Magno Malta (PL-ES), caso a oposição não desocupasse o plenário. Magno e Girão negaram tal informação.

Conforme apurou a reportagem, apesar de mais senadores terem participado da ocupação do plenário, Alcolumbre teria ponderado que apenas Girão e Magno se sentaram na cadeira da presidência.

Magno, inclusive, chegou a se acorrentar à cadeira na madrugada de quarta e registrou o momento em vídeos divulgados nas redes sociais, o que teria irritado Alcolumbre.

Ele ainda teria dito que nem se a oposição tivesse as assinaturas de 81 senadores em prol do impeachment ele pautaria o requerimento, pois se trata de uma prerrogativa do presidente do Senado.

Com relação às pautas da oposição, outros líderes contaram que o presidente não se comprometeu a pautar as prioridades do grupo.

Alcolumbre retomou a presidência na manhã da quinta-feira. Horas antes, os senadores de oposição saíram do plenário.

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