Convidado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para assumir o Ministério das Comunicações, o deputado federal Pedro Lucas Fernandes afirmou, nesta sexta-feira (11), que recebeu o convite com “respeito” e “senso de responsabilidade”, mas que não vai tomar nenhuma decisão antes de ouvir os demais integrantes de seu partido, o União Brasil. O cargo está vago desde a saída de Juscelino Filho, denunciado pela PGR (Procuradoria-Geral da República) por suspeita de desvio de verbas enquanto parlamentar.“Recebi com respeito e senso de responsabilidade o convite do presidente Lula para integrar o governo federal. Agradeço a confiança em meu nome e ressalto que, conforme alinhado com o próprio presidente, qualquer definição será construída coletivamente, em diálogo com a bancada do União Brasil na Câmara dos Deputados, da qual tenho a honra de ser o líder. Fui eleito para representar e conduzir os interesses da bancada, sempre com equilíbrio, transparência e compromisso com o projeto político que nos une”, disse Pedro Lucas.“Não tomarei nenhuma decisão sem antes ouvir os deputados e deputadas que confiam no meu trabalho e com quem compartilho, diariamente, a construção de uma agenda em defesa do país. Mantenho meu compromisso com a lealdade à bancada, à Casa Legislativa e aos princípios que guiam minha trajetória pública. Seguiremos trabalhando com responsabilidade, diálogo e respeito à institucionalidade”, completou.Na última quinta-feira (10), a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, declarou que Fernandes foi convidado para assumir o Ministério das Comunicações. A declaração foi dada após reunião entre o líder do União Brasil e Lula, no Palácio da Alvorada, em Brasília. O parlamentar foi indicado para o cargo pelo União Brasil, partido que detinha o comando da pasta na distribuição dos postos com os partidos da base aliada. “O presidente Lula aceitou [a indicação] e fez o convite ao líder, para assumir. Ele tem que encaminhar algumas questões pessoais, de mandato e em relação à liderança da bancada. Nesse interregno, vai assumir [a pasta] interinamente a secretária executiva [Sônia Faustino Mendes], que já está no ministério interinamente”, afirmou Gleisi na ocasião. A ministra descartou outras trocas em demais pastas da Esplanada. Juscelino Filho, que também é deputado federal pelo União Brasil do Maranhão, decidiu deixar o cargo após ser denunciado pela PGR ao STF (Supremo Tribunal Federal), na investigação sobre desvio de recursos públicos destinados a obras da Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba), quando ele era deputado federal.A denúncia foi direcionada ao gabinete do relator do caso, ministro Flávio Dino, como apurou o R7. A defesa do ex-ministro negou as denúncias. Lula ligou, na terça-feira (8), para Juscelino e pediu que ele deixasse o comando do ministério para se concentrar na defesa frente à denúncia da PGR. Ele é o oitavo a deixar a Esplanada dos Ministérios.Segundo a investigação da Polícia Federal, Juscelino teria atuado para beneficiar uma empreiteira vinculada a políticos e apontada como parte de um suposto cartel envolvido em fraudes. As verbas em questão foram destinadas por meio de emendas parlamentares quando o ministro exercia mandato de deputado federal.Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp