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‘Péssima impressão’, diz Valdemar Costa Neto sobre hacker que invadiu o CNJ

Presidente do PL depôs como testemunha em processo contra a deputada Carla Zambelli e o hacker Walter Delgatti

Brasília|Gabriela Coelho, do R7, em BrasíliaOpens in new window

Ag.Brasil - Valdemar Costa Neto - 1500
Valdemar Costa Neto, presidente do Partido Liberal Agência Brasil

O presidente do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto, afirmou nesta quinta-feira (26) que teve uma “péssima impressão” ao conhecer o hacker Walter Delgatti e o advogado dele. Costa Neto prestou depoimento como testemunha no processo que apura a conduta da deputada Carla Zambelli e do especialista em computação, acusados de invadir o sistema do CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

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“Me surpreendeu porque eles foram ao partido porque queriam me conhecer e ele disse que tinha muita habilidade nessa área de informática. O advogado afirmou que ele queria trabalhar no partido, mas eu não tinha lugar. Me surpreendeu ele pedir emprego. Ele tinha sido preso e estava com dificuldade de achar emprego. A deputada Carla estava junto”, disse.

Segundo Costa Neto, não houve pedido para atos criminosos. “Nunca que a Carla teve um comportamento errado. Muito cumpridora. Excelente deputada, dedicada e tenho a maior consideração por ela. Sempre foi uma excelente deputada. A Carla falou para mim que queria levar um rapaz que queria me conhecer. A gente teve a impressão de que ele era um gênio na área, mas não para esse tipo de serviço”, disse.

No fim, o presidente do Partido Liberal disse que perguntou “se ele poderia invadir o telefone da secretária, devido à habilidade dele. E ele disse que sim, mas que precisaria de tempo. Foi por curiosidade”.


Na última segunda-feira (23), a primeira a depor foi Cristiane de Brum, ex-coordenadora de campanha de Carla Zambelli. Ela disse que a parlamentar conheceu Delgatti na porta de um hotel.

O segundo a prestar depoimento foi o ex-assessor da parlamentar Jean Hernani Guimarães Vilela. Foi ele quem conversou com Delgatti sobre valores e disse que “não costuma pedir ficha criminal de quem contrata”.


Em maio, a Primeira Turma do STF aceitou a denúncia feita pela PGR (Procuradoria Geral da República) e os dois se tornaram réus. A denúncia é pela prática de dez crimes, sendo sete previstos no Código Penal sobre invasão de dispositivo informático e três ligados a falsidade ideológica. A reportagem entrou em contato com a defesa de Zambelli, mas ainda não teve retorno.


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