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R7 Brasília

PF deixa condomínio de Bolsonaro após cumprir mandado de busca e apreensão; veja vídeo e fotos

Ex-presidente e Michelle Bolsonaro tiveram celulares apreendidos; operação mira fraudes em dados de vacinação contra a Covid-19

Brasília|Clarissa Lemgruber, do R7, em Brasília

PF faz buscas na casa de Bolsonaro em Brasília
PF faz buscas na casa de Bolsonaro em Brasília

Agentes da Polícia Federal deixaram a casa do ex-presidente Jair Bolsonaro em Brasília após cumprimento de mandado de busca e apreensão. Na ação, o ex-chefe do Executivo e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro tiveram os celulares apreendidos. Há suspeitas de que o cartão de vacinação de Laura, filha do ex-presidente, tenha sido adulterado.

A operação investiga a atuação de um grupo suspeito de inserir dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde. O ex-presidente deve prestar depoimento à PF ainda nesta quarta-feira (3).

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A operação está dentro do inquérito das "milícias digitais", que já tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).

Ao todo, os agentes cumprem 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva, em Brasília e no Rio de Janeiro. Entre os presos na ação, estão o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid Barbosa, e os ex-assessores especiais do ex-presidente Sérgio Cordeiro e Max Guilherme.


Entenda a operação

Segundo a PF, as inserções falsas teriam ocorrido entre novembro de 2021 e dezembro de 2022 e tiveram como consequência a alteração da verdade sobre fato juridicamente relevante — no caso, a condição de imunizado contra a Covid-19 dos beneficiários.

Com isso, os criminosos puderam emitir os respectivos certificados de vacinação e utilizá-los para burlar as restrições sanitárias vigentes impostas pelos poderes públicos (de Brasil e Estados Unidos), que visavam impedir a propagação da doença.


A apuração mostra que o objetivo do grupo seria "manter coeso o elemento identitário em relação a sua pauta ideológica, no caso, sustentar o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a Covid-19".

As ações ocorrem dentro do inquérito policial que apura a atuação do que se convencionou chamar de “milícias digitais”, em tramitação no Supremo Tribunal Federal.

Os fatos investigados configuram em tese crimes de infração de medida sanitária preventiva, associação criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informação e corrupção de menores.

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