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PF deve ir até o fim do mês aos EUA para investigar negociação de joias recebidas por Bolsonaro

Apesar de Bolsonaro e a esposa não terem sido alvo de operação sobre as joias, o relatório de investigação mostra que pode haver relação

Brasília|Gabriela Coelho, do R7, em BrasíliaOpens in new window

Joias apreendidas Bolsonaro (Material cedido ao R7 )

A Polícia Federal deve ir ainda neste mês aos Estados Unidos fazer mais investigações que envolvem a negociação de venda de joias recebidas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. A informação foi confirmada pelo R7 e deve ocorrer no dia 25 de abril. O FBI, a polícia federal dos Estados Unidos, colabora com a investigação e, em outubro do ano passado, foi aceito um pedido feito pela Polícia Federal (PF), o que pode fazer com que as apurações sejam aprofundadas. O ex-presidente nega participação em irregularidades.

Investigações sobre supostas vendas ilegais de joias presenteadas por autoridades estrangeiras puseram Bolsonaro e a esposa dele, Michelle Bolsonaro, na mira da PF. Em agosto do ano passado, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou o Ministério da Justiça a solicitar ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos a ajuda do FBI no caso.

Apesar de Bolsonaro e a esposa não terem sido alvo de operação sobre as joias, o relatório de investigação mostra que pode haver relação direta deles com o caso. O uso de um avião público para transportar bens a ser vendidos nos Estados Unidos e as mensagens que organizam a entrega “em mãos” de US$ 25 mil ao ex-presidente estão entre os indícios encontrados.

Também em agosto do ano passado, a PF cumpriu quatro mandados de busca e apreensão em uma operação de combate a crimes de peculato e lavagem de dinheiro ligada ao caso das joias recebidas pelo ex-presidente. O general Mauro César Lourena Cid, pai de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, foi um dos alvos da operação.

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Eles são suspeitos de vender joias e presentes oficiais recebidos pelo ex-presidente. De acordo com a PF, eles teriam utilizado “a estrutura do Estado brasileiro para desviar bens de alto valor patrimonial, entregues por autoridades estrangeiras em missões oficiais a representantes do Estado, por meio da venda desses itens no exterior”.

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Defesa diz que Bolsonaro ‘jamais se apropriou ou desviou’

Ao longo das investigações, a defesa do ex-presidente alegou que ele “jamais se apropriou ou desviou quaisquer bens públicos”. Afirmou também que Bolsonaro entregou as joias “voluntariamente e sem que houvesse sido instada” ao Tribunal de Contas da União (TCU), episódio que ocorreu em março deste ano.

Entre os itens de luxo devolvidos estão abotoaduras, um anel, um relógio, uma caneta e uma masbaha, objeto religioso. À época, segundo os advogados, em momento algum o ex-presidente tentou se apoderar de bens que deveriam pertencer ao Estado.

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Já a defesa da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro afirma que ela “não participou e desconhece ter ocorrido irregularidade ou ilicitude”.


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