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PL retoma obstrução na Câmara após Motta não pautar fim do foro privilegiado

Grupo espera que acordo com líderes seja cumprido. Obstrução, agora, não envolve ocupação de espaços na Câmara

Brasília|Rute Moraes e Lis Cappi, do R7, em Brasília

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • O PL retoma obstrução na Câmara após falta de pauta para a votação da PEC que propõe o fim do foro privilegiado.
  • O presidente da Câmara, Hugo Motta, não incluiu a PEC na pauta da semana, contrariando acordos prévios com o PL.
  • Enquanto aguardam a votação, líderes de partidos de centro são cautelosos quanto à análise da proposta devido a protestos recentes.
  • A PEC 333/2017, que visa acabar com o foro por prerrogativa de função, aguarda votação no plenário após já ter sido aprovada em comissões.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

PEC avaliada já foi aprovada pelo Senado em 2017 Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados -

O PL (Partido Liberal) retomou, nesta terça-feira (12), a obstrução na Câmara dos Deputados após o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), não incluir na pauta da semana a votação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) sobre o fim do foro privilegiado.

A informação foi confirmada ao R7 pelo líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ). A ação obstrutiva, contudo, se limita ao registro de votos no sistema da Casa, sem ocupar o plenário, como ocorreu na semana anterior.


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Pouco antes, Motta divulgou a relação de matérias previstas para análise, mas a PEC não estava na lista, contrariando entendimento anunciado pelo PL.

Na semana anterior, a legenda do ex-presidente Jair Bolsonaro havia informado que a proposta começaria a ser debatida, como uma das demandas atendidas após a ocupação do plenário.


O acordo teria sido articulado com líderes do PP, União e PSD, sem participação de Motta.

Parlamentares previam que o projeto que concede anistia a condenados pelos atos de 8 de janeiro entraria na pauta logo após a deliberação do foro, o que não ocorreu.


No encontro de líderes desta terça-feira, nenhuma das duas matérias recebeu definição.

Segundo apuração do R7, ao menos dois partidos pretendem retomar a discussão sobre o foro em breve. Representantes de centro avaliam que, embora apoiem o texto, o momento não favorece a votação.


Para eles, os protestos de aliados de Bolsonaro na semana anterior prejudicaram o ambiente de deliberação. Alguns também avaliam que a aprovação poderia reduzir críticas à ocupação do plenário, que durou cerca de 30 horas.

A PEC do fim do foro

Há várias propostas sobre o tema em tramitação na Câmara. Entre elas, a PEC 333/2017, aprovada pelo Senado em 2017 e ainda pendente de apreciação pelos deputados.

O texto, de autoria do ex-senador Alvaro Dias (PV-PR), recebeu, na última semana, requerimento de urgência apresentado pela deputada federal Adriana Ventura (Novo-SP).

A proposta extingue o foro por prerrogativa de função em crimes comuns, mantendo a competência do STF para processar o presidente e o vice-presidente da República, além dos presidentes da Câmara, do Senado e do próprio STF.

A matéria já recebeu aval da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara e de comissão especial, restando apenas a votação em plenário. Se aprovada sem mudanças, seguirá para promulgação.

O alcance inclui prefeitos, senadores, deputados, governadores e juízes.

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