Polícia Civil do DF ganha Porsche apreendido em operação; veja fotos
Veículo foi caracterizado com a identidade visual da corporação e será usado para exibição em eventos sobre repressão a crimes
Brasília|Rossini Gomes, do R7, em Brasília
A Polícia Civil do Distrito Federal ganhou na Justiça o direito de usar um carro de luxo apreendido durante uma operação no ano passado. O veículo esportivo da marca alemã Porsche foi temporariamente caracterizado com a identidade visual da corporação e será usado para exibição em eventos sobre repressão a crimes (veja fotos abaixo). O modelo 911 Carrera tem 385cv e faz de 0 a 100 km/h em 4,2 segundos, segundo a polícia.
O veículo, de ano 2020, foi apreendido junto com outro carro de luxo, da mesma marca e modelo, ano 2021, durante a Operação S.O.S. Malibu, que prendeu suspeitos de agiotagem e lavagem de dinheiro em novembro de 2021 – dentre eles, o sargento da Polícia Militar do DF Ronie Peter Fernandes da Silva, investigado por agiotagem, ameaça e extorsão e suspeito de movimentar milhões de reais em contas de um grupo criminoso que operava com ele.
Durante a operação, a Vara Criminal de Águas Claras determinou o sequestro dos dois veículos, "avaliados em R$ 2 milhões", segundo a polícia. Feito isso, a Divisão de Repressão a Roubos e Furtos (DRF) da Polícia Civil pediu à Justiça para caracterizar os carros de luxo temporariamente com a nova identidade visual da corporação, para exibição em exposições e eventos pedagógicos de repressão e descapitalização de organizações criminosas.
O pedido foi aceito para um dos veículos, o do ano 2020, mas a decisão judicial proibiu o uso do carro de luxo em ações rotineira da corporação. "O uso pedagógico do veículo não importa em despesas para a PCDF e garante a conservação do bem até decisão sobre eventual confisco ou alienação antecipada", informou a Polícia Civil.
De acordo com o diretor da DRF e responsável pelas investigações da Operação S.O.S. Malibu, delegado Fernando Cocito, o uso pedagógico de veículos especiais aproxima a polícia da população. Além disso, "mostra que a moderna persecução está atenta aos delitos de lavagem e à importância de se buscar inviabilizar financeiramente os grupos criminosos", complementou.