Polícia Penal Federal prende funcionário de obra da muralha na penitenciária de Porto Velho
O homem, contratado para realizar o trabalho de eletricista, estava com mandado de prisão em aberto, diz instituição
Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília
A Polícia Penal Federal prendeu, neste sábado (20), um funcionário da obra de construção da muralha na Penitenciária Federal de Porto Velho, em Rondônia. O homem, contratado para realizar o trabalho de eletricista, estava com um mandado de prisão em aberto, de acordo com o órgão.
O funcionário se apresentou à unidade para dar início ao serviço, mas foi detido por integrantes do Grupo de Ações Especiais Penitenciárias (GAEP) e da Divisão de Segurança e Disciplina (DISED). Na sequência, foi encaminhado à central de flagrantes da Polícia Civil. O órgão destaca que a ação só foi possível por conta do trabalho realizado pela Coordenação-Geral de Inteligência do Sistema Penitenciário Federal (CGIN) em conjunto com a Divisão de Inteligência (DINT) da unidade prisional em Porto Velho.
Segundo a instituição, após cruzamentos de dados, as equipes de inteligência observaram que o homem era procurado pela Justiça. “A atuação dos agentes penais neste sábado segue a determinação do secretário nacional de Políticas Penais, André Garcia, de aprimoramento e mais rigor nos procedimentos de segurança e inteligência nas cinco unidades do Sistema Penitenciário Federal”, afirma.
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Medidas de segurança
A obra da penitenciária de Porto Velho faz parte de um conjunto de mudanças, anunciadas no início deste ano pelo governo, como reforço de muralhas e sistema de reconhecimento facial em todos os presídios federais do país. De acordo com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, as prisões, consideradas de segurança máxima, terão o sistema de alarmes e os sensores de presença ampliados.
O reconhecimento facial será usado por todos que ingressarem nas unidades prisionais — presos, visitantes, administradores, autoridades e advogados. Para o titular, a construção das muralhas, a exemplo do que foi feito na unidade de Brasília, será “algo mais custoso e trabalhoso”. Confira todas as medidas anunciadas: modernização do sistema de videomonitoramento; aperfeiçoamento do controle de acesso aos presídios, com sistema de reconhecimento facial; ampliação do sistema de alarmes e sensores de presença; nomeação de 80 policiais penais federais aprovados em concurso público e construção de muralhas.