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Entenda os principais pontos da operação que investiga suposta espionagem ilegal dentro da Abin 

Além do ex-diretor-geral da agência, policiais federais também são suspeitos de participarem de esquema apurado

Brasília|Rafaela Soares, do R7, em Brasília

Confira os principais pontos da operação da PF
Confira os principais pontos da operação da PF Antônio Cruz/Agência Brasil (topo esq.); Tomaz Silva/Agência Brasil (topo dir.); Reprodução/Record Brasília (esq. emb.) e Marcelo Camargo/Agência Brasil (dir. emb.)

O ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e atual deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) foi um dos alvos de uma operação da Polícia Federal que investiga o suposto uso ilegal de uma ferramenta de espionagem em sistemas da agência. O gabinete do parlamentar foi um dos locais onde os agentes fizeram buscas na quinta-feira (25). As ações ocorreram também em endereços de outras pessoas no Distrito Federal, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Veja os principais pontos para entender a investigação da Polícia Federal

O que é investigado?

A Polícia Federal investiga a formação de uma suposta organização dentro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que monitorava, sem autorização, autoridades brasileiras.

Segundo as investigações, o programa "First Mile" permitia monitorar até 10 mil celulares por ano.


O operador do programa só teria de digitar o número da pessoa para ter acesso às informações. A aplicação também criava históricos de deslocamento e alertas em tempo real da movimentação dos aparelhos cadastrados.

A operação

Em 25 de janeiro de 2024, a PF realizou buscas em endereços ligados ao deputado federal e ex-diretor da agência Alexandre Ramagem (PL-RJ).


PF fez buscas no gabinete do deputado federal nesta quinta-feira (25)
PF fez buscas no gabinete do deputado federal nesta quinta-feira (25) Reprodução/Record Brasília

Foram cumpridos 21 mandados em Brasília, Juiz de Fora, São João del Rei e Rio de Janeiro. Com operação, sete policiais federais foram afastados dos cargos.

Segundo fontes ligadas à PF, os ministros Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes estão na lista de suposta espionagem irregular.


Ministros do STF teriam sido monitorados ilegalmente por suposta organização
Ministros do STF teriam sido monitorados ilegalmente por suposta organização Rosinei Coutinho/SCO/STF e Nelson Jr./SCO/STF

O que se sabe até agora?

Núcleos funcionavam dentro da Abin, diz PF
Núcleos funcionavam dentro da Abin, diz PF José Cruz/Agência Brasil

A Polícia Federal apontou a atuação de três núcleos de espionagem ilegal na Abin. Eram eles: Cúpula, que contava com um subgrupo, Evento-Portaria 157 e Tratamento-Log. Saiba mais sobre eles a seguir:

1.0 - Cúpula: formado por delegados federais cedidos para Abin exercendo funções de direção e utilizaram o sistema First Mile "para monitoramento de alvos e autoridades públicas";

1.2 - Subordinados: policiais federais cedidos à Abin que serviam de “staff” para a alta gestão, cumprindo as determinações, monitorando alvos e produzindo relatórios;

2. Evento-Portaria 157: responsáveis pelas diligências que resultaram na tentativa de vinculação de parlamentares e ministros do Supremo Tribunal Federal a organizações criminosas;

3. Tratamento-Log: responsável pelo tratamento dos logs disponíveis desde do início da investigação;

Autorização judicial

As buscas foram autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. Em sua decisão, ele também apontou que a investigação encontrou indícios da utilização da agência para a preparação de relatórios para defesa do senador Flávio Bolsonaro no caso em que ficou conhecido como “rachadinhas”.

Buscas dessa quinta-feira (25) foram autorizadas por Alexandre de Moares
Buscas dessa quinta-feira (25) foram autorizadas por Alexandre de Moares Carlos Moura/SCO/STF - 7.11.2023

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O ministro negou a suspensão da atividade parlamentar de Ramagem durante o andamento do inquérito. "[...] nesse momento da investigação não se vislumbra a atual necessidade e adequação de afastamento de suas funções", explicou o ministro.

Repercussões

O líder do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), trocaram ofensas.

Valdemar e Pacheco trocam farpas após operação da PF
Valdemar e Pacheco trocam farpas após operação da PF Beto Barata e Jefferson Rudy/ Arquivo

Saiba mais: Pacheco e Valdemar trocam ofensas motivadas por investigação sobre deputados do PL

Valdemar cobrou reação de Pacheco, chegando a chamá-lo de "frouxo" em entrevistas. O presidente do Senado rebateu: "Não é capaz de organizar minimamente a oposição".

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