Projetos na área fundiária são prioridade da Câmara, diz presidente do Legislativo do DF
Entre as prioridades do presidente da CLDF, deputado Wellington Luiz (MDB), estão o PPCUB, a Luos e a Lei de Parcelamento do Solo
Brasília|Luiz Calcagno, do R7, em Brasília
A agenda da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) ainda está dedicada aos projetos ligados às atividades fundiárias apresentados no fim de 2022, de acordo com o presidente da Casa, deputado Wellington Luiz (MDB). A afirmação foi feita em entrevista exclusiva ao R7. Clique aqui para assistir à íntegra da entrevista.
Entre os projetos na fila de espera está o Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCUB), que define o uso da área tombada de Brasília (leia mais no fim da reportagem). Segundo o presidente, a expectativa é que os trabalhos dos parlamentares se intensifiquem com a volta do governador Ibaneis Rocha (MDB), autorizado a retornar ao cargo na última quarta-feira (15).
"Temos projetos extremamente importantes. Tanto na área fundiária — e a gente pode enumerar o PPCUB, a revisão da Lei de Uso e Ocupação do Solo (Luos), a Lei de Parcelamento do Solo, que também é extremamente importante — e outras nessa área que poderão contribuir muito para o desenvolvimento [da capital federal]", afirmou o presidente da CLDF.
Combate ao feminicídio
Além dos projetos que já estão na fila de espera, Wellington Luiz destacou que a CLDF precisa se debruçar sobre ações de combate ao feminicídio. O DF registrou oito casos de mulheres assassinadas pelo companheiro em pouco mais de dois meses, e há a previsão de a Casa lançar uma campanha de conscientização voltada para os homens.
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Questionado sobre a demora do plenário em votar as pautas neste ano, o presidente admitiu que a ausência de Ibaneis atrapalhou o andamento, mas ressaltou que houve trabalho e diálogo com a então governadora em exercício, Celina Leão (PP), que voltou à função de vice-governadora.
Regras para a capital
O PPCUB é baseado em três pilares:
• preservação do patrimônio urbanístico e arquitetônico de Brasília
• uso e ocupação do solo
• planos, programas e projetos que serão desenvolvidos para o futuro.
Depois de dez anos em discussão, a nova proposta do PPCUB foi aprovada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no Distrito Federal (Iphan-DF), após ser elaborada de acordo com uma portaria do órgão. O plano foi debatido por seis meses com entidades civis e governamentais que integram a Câmara Temática do PPCUB, criada pelo Conselho de Planejamento Territorial e Urbano do Distrito Federal (Conplan).
A área de tombamento abrange cerca de 120 km² e compreende o conjunto urbanístico de Brasília, entre a Candangolândia e o Lago Norte.
Fazem parte o Eixo Monumental, as superquadras, os setores centrais, a orla e o espelho de água do lago Paranoá, os setores de Embaixadas, os grandes parques, incluindo as áreas de transição urbana, a W3 Norte e Sul, os Setores Residenciais Complementares, as Vilas Residenciais e os Setores Complementares das áreas Oeste e Leste, além dos Setores de Serviços Complementares.