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Proposta popular no Senado prevê criminalizar a prática de coaching

Iniciativa quer a punição de quem age de má-fé ao fazer mentoria; para parlamentares, é preciso, primeiro, regulamentar a atividade

Brasília|Do R7, em Brasília


Plenário do Senado, onde proposta de morador de SE recebeu votos suficientes para tramitar
Plenário do Senado, onde proposta de morador de SE recebeu votos suficientes para tramitar

Uma iniciativa popular apresentada ao Senado busca criminalizar o coaching, atividade do profissional que atua como uma espécie de mentor e auxilia outras pessoas a atingir objetivos e metas pessoais por meio de conselhos e orientações.

A proposta é analisada desde 2019 e foi elaborada por um morador de Sergipe. O texto dele busca impedir "o charlatanismo de muitos autointitulados coaches formados sem diploma válido, desrespeitando o trabalho científico e metódico de terapeutas e outros profissionais das mais variadas áreas".

A iniciativa popular foi apresentada como ideia legislativa e recebeu o amparo de 24,3 mil internautas, superando o mínimo de 20 mil apoios exigidos pelo Senado para que possa tramitar na Casa e ser submetida às mesmas regras de um projeto de lei elaborado pelos parlamentares ou pelo Poder Executivo.

O texto começou a ser analisado pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa, onde foi relatado pelo senador Paulo Paim (PT-RS). Em 2020, ele apresentou um parecer em que sugeria o arquivamento da proposta, mas até agora o relatório não foi votado pelo colegiado. Segundo Paim, é preciso primeiro regulamentar o coaching antes de discutir a criminalização da atividade.

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Há na verdade uma necessidade que se faça uma regulamentação que defenda o coach e o cliente%2C para garantir atendimento por profissionais sérios%2C 'não charlatões'. A regulamentação cessará com os problemas de autointitulação e padronizará a formação básica para o exercício da profissão.

(senador Paulo Paim (PT-RS))

"O que não se afigura justo e razoável é, com base em atuação indevida de poucos profissionais, punir diversos trabalhadores que, de maneira lícita, exercem o coaching, ajudando diversas pessoas a realizar os seus projetos de vida", acrescenta o senador.

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Ao menos quatro projetos começaram a ser analisados pelo Congresso Nacional no mesmo ano em que a iniciativa popular foi apresentada. Nenhum deles, contudo, ainda foi aprovado.

A maioria das propostas é de autoria da Câmara dos Deputados e busca definir, por exemplo, que o coaching não seja considerado processo terapêutico ou de aconselhamento e que ele não possa ser aplicado no tratamento de condições ou patologias que demandam atenção de profissionais da saúde.

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