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Segurança de Lula será coordenada pelo GSI, diz Rui Costa

O modelo híbrido, com atuação também de policiais federais, foi definido nesta quarta-feira, em reunião no Planalto

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

Lula sobe a rampa do Planalto com segurança ao lado
Lula sobe a rampa do Planalto com segurança ao lado

O ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, anunciou nesta quarta-feira (28) que a segurança presidencial e vice-presidencial será feita sob a coordenação do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), em um modelo híbrido com a Polícia Federal (PF). O martelo foi batido durante uma reunião, no Palácio do Planalto, que contou com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e dos ministros Costa, Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública) e Marcos Amaro (Gabinete de Segurança Institucional).

De forma consensual%2C harmônica%2C o presidente arbitrou por um modelo híbrido%2C em que todos vão trabalhar juntos%2C tanto a equipe do GSI quanto a da PF%2C para garantir a segurança do presidente%2C do vice-presidente e dos seus respectivos familiares.

(Rui Costa, ministro-chefe da Casa Civil)

"A coordenação é do GSI, de forma cooperada, participativa e integrada, como um time, com a participação da Polícia Federal. E, eventualmente, a desejo do presidente", completou o chefe da Casa Civil.

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É duplamente híbrido o modelo aprovado. O GSI terá caráter militar e civil%2C ao mesmo tempo%2C e é híbrido porque%2C além da atuação do GSI%2C poderá ter eventualmente a atuação da PF%2C com a estrutura já existente. Nós temos um modelo que atende ao principal%3A o interesse público.

(Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública)

Atualmente, a segurança de Lula está a cargo da Secretaria Extraordinária de Segurança Imediata do Presidente da República (Sesp), criada por um decreto assinado por ele após os atos de vandalismo em Brasília, em 8 de janeiro. A Sesp, composta de ao menos 400 servidores, a maioria deles policiais federais, vai deixar de funcionar na sexta-feira (30).

De acordo com o decreto que instituiu a secretaria, após essa data, as atividades exercidas pelo órgão serão de competência privativa do GSI.


Apesar de boa parte dos integrantes da Sesp ser da PF, militares das Forças Armadas também compõem a secretaria. Mesmo com a criação do órgão, o GSI não foi totalmente isolado das funções de proteger Lula.

No entanto, no momento, são os policiais que ficam mais próximos do presidente e são responsáveis pela segurança imediata dele. Já os servidores do GSI cuidam da chamada segurança aproximada e são responsáveis por proteger instalações de eventos que têm a participação de Lula.


Embate

Na semana passada, o ministro da Casa Civil afirmou que o GSI iria assumir a segurança de Lula. Segundo ele, "será montado um modelo híbrido, mas sob a coordenação do GSI". "O presidente terá a liberdade de convidar quem ele entender que deve compor [a segurança], independentemente de ser da Polícia Federal, policial militar ou membro das Forças Armadas", afirmou.

Por outro lado, Dino defendeu a continuidade da PF. "O presidente Lula está colhendo opiniões. É claro que reconhecemos a importância do GSI, mas defendemos a atuação da Polícia Federal, que tem sido muito elogiada e reconhecida e que corresponde, em larga medida, a padrões internacionais", ressaltou.

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