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Tarifaço: comitiva brasileira se encontra com parlamentares norte-americanos nesta terça

Grupo pretende se reunir com ao menos seis parlamentares dos Estados Unidos, mas outros estão interessados

Brasília|Rute Moraes e Lis Cappi, do R7, em Brasília

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RESUMO DA NOTÍCIA

  • Comitiva brasileira de senadores se encontra com parlamentares americanos para discutir tarifa de 50% imposta aos produtos nacionais.
  • Encontro está marcado para esta terça-feira e conta com pelo menos seis participantes americanos confirmados.
  • Eduardo Bolsonaro critica a comitiva, alegando que ignorem razões subjacentes à tarifa e a falta de apoio nos EUA.
  • O Brasil busca negociar a redução da tarifa, mas enfrenta dificuldades e a possibilidade de aumento para 100% se não houver progresso nas negociações.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

O senador Nelsinho Trad, líder do grupo afirmou que mais parlamentares americanos querem encontrar com a comitiva Flickr senador Nelsinho Trad - 28.07.2025

A comitiva brasileira, composta por oito senadores, encontra-se nesta terça-feira (29) com parlamentares norte-americanos, em Washington, para tratar da tarifa de 50% imposta a produtos nacionais.

Segundo o líder do grupo, senador Nelsinho Trad (PSD-MS), seis congressistas norte-americanos confirmaram presença. No entanto, outros legisladores demonstraram interesse em integrar a reunião.


“Essa reunião está previamente marcada para amanhã. Já temos seis parlamentares confirmados e, com a proximidade dela, alguns outros já estão entrando em contato”, declarou Trad a jornalistas na segunda-feira (27).

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Segundo ele, a espera para as confirmações acontece em função de estratégia, “para que não haja nenhuma interferência no sentido de inibir ou cancelar qualquer agenda previamente marcada”.


Apesar da chegada aos Estados Unidos na sexta-feira (25), os senadores iniciaram os trabalhos apenas na segunda-feira, com uma reunião na residência da embaixadora Maria Luiza Viotti, em Washington.

A missão oficial segue até quarta-feira (30) e busca abrir canais de diálogo entre os dois países, a fim de reduzir tensões. As negociações relativas à tarifa de 50% continuam sob responsabilidade do governo federal.


Crítica de Eduardo Bolsonaro

Apontado como um dos estopins da taxação, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) criticou a iniciativa dos senadores, alegando desconhecimento sobre as razões que motivaram o tarifaço.

Segundo ele, ao anunciar a medida, Donald Trump mencionou, entre outros fatores, os processos enfrentados por Jair Bolsonaro e a suposta “censura” do Judiciário brasileiro a plataformas norte-americanas.


Na segunda-feira, o parlamentar afirmou que a embaixadora com quem os senadores se encontraram “não é recebida nem na Casa Branca nem no Departamento de Estado”.

“Se continuarem insistindo em agendas frequentes nos EUA, talvez, com o tempo, consigam acesso mais efetivo por lá. Mas será um começo difícil, ainda mais confrontando uma pauta de Trump, logo no início de mandato, com maioria no Congresso. Boa sorte”, escreveu nas redes sociais.

Senadores descartam adiamento de tarifa

Apesar dos esforços para viabilizar uma solução, os senadores reconhecem obstáculos para adiar a entrada em vigor das tarifas, marcada para 1º de agosto.

O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), também integrante da comitiva, declarou, ao chegar à embaixada brasileira em Washington, que o grupo mantém uma postura otimista, embora reconheça a complexidade do cenário.

Questionado sobre a possibilidade de postergar o início da cobrança adicional, afirmou considerar a hipótese pouco provável. “Não acredito em adiamento. O que estamos fazendo aqui é diplomacia parlamentar. A condução efetiva cabe aos governos. Nosso papel é colaborar”, explicou.

Na esfera diplomática, o Brasil tenta negociar a redução do percentual da tarifa, sem avanços concretos. A última alternativa seria acionar a Lei de Reciprocidade Econômica, com o risco de a taxação norte-americana dobrar, alcançando 100%.

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, também se encontra nos Estados Unidos, em razão de uma reunião da ONU, e manifestou disponibilidade para se deslocar até Washington, caso necessário. A Casa Branca, contudo, ainda não emitiu qualquer resposta.

Autoridades brasileiras vêm criticando a ausência de diálogo com os norte-americanos, argumentando que o país permanece disposto à negociação.

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