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União Brasil vai pedir expulsão do deputado federal Chiquinho Brazão

Parlamentar foi preso neste domingo (24) com outros dois por suspeita de serem autores intelectuais da morte de Marielle Franco

Brasília|Gabriela Coelho, do R7, em Brasília

União Brasil vai pedir expulsão de Chiquinho Brazão
União Brasil vai pedir expulsão de Chiquinho Brazão Mario Agra / Câmara dos Deputados — 13.03.2024

O presidente do União Brasil Nacional, Antonio de Rueda, informou que pedirá à Comissão Executiva Nacional a abertura de processo disciplinar contra o deputado federal Chiquinho Brazão com possibilidade de sua expulsão do partido, com cancelamento de filiação partidária. Mesmo filiado ao União Brasil, o parlamentar já não mantinha relacionamento com o partido e havia pedido ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) autorização para se desfiliar.

"O União Brasil reunirá a sua Comissão Executiva Nacional na próxima terça-feira, dia 26 de março. O Estatuto do Partido prevê a aplicação da sanção de expulsão com cancelamento de filiação partidária de forma cautelar em casos de gravidade e urgência", disse em nota. 

Agentes da Polícia Federal cumpriram, na manhã deste domingo (24), 12 mandados de busca e apreensão e 3 de prisão em diversos endereços do Rio de Janeiro. Entre os presos estão o deputado federal Chiquinho Brazão, o conselheiro do Tribunal de Contas do estado do Rio de Janeiro, Domingos Brazão, e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, o delegado Rivaldo Barbosa. Os mandados foram expedidos pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.

De acordo com a investigação, os presos são os autores intelectuais dos homicídios da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes. Eles também são suspeitos da tentativa de assassinato de Fernanda Chaves, assessora de Marielle.


A motivação do crime teria sido um embate entre Marielle Franco e Chiquinho Brazão em torno de um projeto de lei, de autoria de Brazão, que regularizava terrenos dominados pela milícia. Marielle era contra o projeto e considerada o principal ponto de resistência dentro da Câmara de Vereadores.

A lei foi aprovada, mas vetada pelo então prefeito Marcelo Crivella. O veto foi derrubado pelos parlamentares, o que motivou o MPRJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) a entrar com uma ação no TJRJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro). O tribunal declarou a lei inconstitucional por "usurpar a função do chefe do Executivo e ferir a constituição do estado do Rio de Janeiro."

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