Feminicídios crescem no Brasil e totalizam 1.492 vítimas em 2024, aponta Anuário da Segurança
Documento mostra que 97% das vítimas foram mortas por homens e 64,3% dos crimes ocorreram dentro da própria casa
Cidades|Clarissa Lemgruber, do R7, em Brasília
RESUMO DA NOTÍCIA
Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

O Brasil registrou 1.492 feminicídios em 2024, uma alta de 0,7% em relação ao ano anterior, segundo dados do 19º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta quinta-feira (24). Os números mostram que 97% das vítimas foram mortas por homens e 64,3% dos crimes ocorreram dentro da casa da vítima.
O documento aponta ainda que oito em cada 10 mulheres foram mortas por companheiros ou ex-companheiros. A taxa de feminicídio ficou em 1,4 por 100 mil mulheres.
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Entre as mulheres assassinadas, 63,6% eram negras e 70,5% tinham entre 18 e 44 anos.
Além dos casos consumados, foram registradas 3.870 tentativas de feminicídio em 2024, o que representa um aumento de 19% em relação ao ano anterior.
O Anuário também traz informações sobre as medidas protetivas de urgência concedidas pela Justiça com base na Lei Maria da Penha. Ao todo, foram 555 mil medidas protetivas concedidas em 2024. Dessas, 101.656 foram descumpridas pelos agressores.

Ameaças e stalking
Entre os registros de violência contra mulheres, também houve 747.683 casos de ameaça, uma redução de 0,8% em relação a 2023.
O número de perseguições (stalking) chegou a 95.026 em 2024, crescimento de 18,3% em comparação com o ano anterior. Já os casos de violência psicológica totalizaram 51.866, com aumento de 6,3%.
Segundo o anuário, tanto a ameaça quanto o stalking são crimes com alta subnotificação, já que é necessário que a vítima reconheça a atitude enquanto violência e realize a denúncia.
O anuário aponta ainda que as Polícias Militares foram acionadas, por meio do 190, cerca de duas vezes por minuto para atender casos de violência doméstica ao longo do ano.
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