O pai do jovem Lucas Cardoso Fortuna, de 28 anos, Avelino Fortuna, afirmou que acredita que o filho tenha sido assassinado. O corpo do jornalista foi encontrado no último domingo (18) em uma praia do Cabo de Santo Agostinho, no litoral sul de Pernambuco.
— Não existe a possibilidade de qualquer outra coisa que não seja assassinato.
O que leva Avelino Fortuna a acreditar em homicídio seriam os ferimentos e as marcas encontradas no corpo do filho.
— A pessoa não consegue arranhar violentamente as costas tentando qualquer outra coisa, não consegue ficar com o rosto todo deformado, roxo de hematomas, mesmo se batendo, não entra no mar, numa situação dessas, deixando uma camiseta ensanguentada fora do mar e morre afogado. Ninguém consegue fazer isso.
O jornalista Lucas Fortuna estava somente de cueca quando foi localizado. Uma das suspeitas é de que ele tenha sofrido um ataque motivado por homofobia. As circunstâncias da morte ainda não foram esclarecidas.
Em entrevista ao R7, a delegada Gleide Ângelo, responsável pelo inquérito, falou que nenhuma linha de investigação pode ser descartada por enquanto.
Segundo Avelino Fortuna, o filho defendia a imprensa livre e também os homossexuais.
— Sempre se indignou com qualquer violência. A minha luta, antes da justiça humana, é que a gente não deixe morrer os ideais que ele defendia com unhas e dentes.
Para ele, o filho não será a última vítima dessa violência.
— A pessoa ou as pessoas que cometeram essa barbaridade com ele, antes de mais nada, são vítimas dessa sociedade, do governo que não está presente.
A previsão é que o corpo do jornalista Lucas Cardoso Fortuna, de 28 anos, seja enterrado nesta quarta-feira (21), na cidade de Santo Antônio de Goiás, localizado a 15km de Goiânia. O jovem era goiano e morava no município, onde era presidente local do Partido dos Trabalhadores. Ele estava em Pernambuco para participar de um evento como árbitro pela Federação Goiana de Voleibol.
