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PF apura contratos de veículos para saúde indígena em MT e bloqueia R$ 20 milhões dos alvos

Dois servidores públicos foram afastados de seus cargos

Cidades|Do R7

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Cerca de 70 policiais e três auditores da CGU cumprem 17 mandados de busca e apreensão Divulgação/PF - 23/7/2025

A Polícia Federal, com o apoio da CGU (Controladoria-Geral da União (CGU), deflagrou nesta quarta-feira (23) uma operação para investigar indícios de corrupção e falta de lisura em contratos firmados com o DSEI-Cuiabá (Distrito Sanitário Especial Indígena).

Além do cumprimento de 17 mandados de busca e apreensão, a Justiça autorizou o sequestro de bens de 10 investigados, que somam cerca de R$ 20 milhões. Dois servidores públicos foram afastados de seus cargos.


Ao todo, a corporação cumpre as medidas judiciais em quatro estados e no Distrito Federal (veja relação abaixo).

RESUMO DA NOTÍCIA

  • A Polícia Federal investiga corrupção em contratos do DSEI-Cuiabá relacionados à saúde indígena.
  • Operação envolve o cumprimento de 17 mandados de busca e apreensão em quatro estados e no Distrito Federal.
  • Dois servidores públicos foram afastados e R$ 20 milhões foram bloqueados dos investigados.
  • Indícios de superfaturamento e propina para favorecer empresas nas contratações estão sendo apurados.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Participam da operação cerca de 70 policiais e três auditores da CGU cumprem 17 mandados de busca e apreensão e busca pessoal. As medidas judiciais foram autorizadas pela 7ª Vara Federal de Mato Grosso.


A investigação começou a partir de denúncias anônimas que apontavam inexecução contratual, ou seja, quando uma das partes não cumpre, total ou parcialmente, as obrigações estabelecidas no contrato.

Segundo a PF, a análise dos documentos revelou indícios de superfaturamento no contrato de fornecimento de veículos para o DSEI-Cuiabá.


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A contratação emergencial ocorreu entre 2023 e 2024 e, conforme os investigadores, há indícios de favorecimento da empresa contratada, fraudes e acertos prévios entre agentes públicos e empresários.

“O prejuízo ao erário identificado atinge o valor de R$ 1,3 milhão, além do pagamento de vantagem indevida a servidores e outras irregularidades”, informou a corporação.


A PF também apurou que servidores do DSEI-Cuiabá recebiam propina de particulares para favorecer determinadas empresas nas contratações com o órgão.

Em uma licitação homologada em 2025 para a locação de veículos, cujo principal item foi arrematado por R$ 25 milhões, a PF identificou novos indícios de irregularidades.

Cidades

  • Brasília (DF);
  • Boa Vista (RR);
  • Campo Grande (MS);
  • Cuiabá (MT);
  • Várzea Grande (MT); e
  • Rio de Janeiro (RJ).

O que é o DSEI?

O DSEI (Distrito Sanitário Especial Indígena) é a unidade gestora descentralizada do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena. Trata-se de um modelo de organização de serviços orientado para um espaço etnocultural dinâmico, com recortes geográficos, populacionais e administrativos bem delimitados, que contempla um conjunto de atividades técnicas voltadas à promoção de uma atenção à saúde mais qualificada e racionalizada.

O DSEI promove a reordenação da rede de saúde e das práticas sanitárias, além de desenvolver ações administrativo-gerenciais necessárias à prestação da assistência, com participação do Controle Social.

No Brasil, existem 34 DSEIs, distribuídos estrategicamente com base em critérios territoriais, levando em conta a ocupação geográfica das comunidades indígenas — independentemente dos limites estaduais. A estrutura de atendimento inclui Unidades Básicas de Saúde Indígena, Polos-Base e as Casas de Saúde Indígena (CASAI).

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