Abicom: gasolina precisa subir mais 6% para manter paridade externa
Para equiparar o valor do combustível com os preços externos, a estatal teria que aumentar o produto em R$ 0,10 nas refinarias
Economia|Do R7
Apesar dos reajustes da gasolina e do diesel realizados nesta quarta-feira (12) pela Petrobras, os preços dos produtos continuam defasados no mercado interno e impedem a importação dos derivados, informa a Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis).
De acordo com a entidade, o preço da gasolina está, em média, 6% abaixo do praticado no mercado internacional, e o do óleo diesel, 7%. Para equiparar o preço dos produtos ao que vigora no exterior, a estatal teria que aumentar, em média, o valor de venda nas refinarias em R$ 0,19 e R$ 0,25 o litro, respectivamente.
A Ativa Investimentos também informou ontem que ainda há espaço para a Petrobras aumentar o preço da gasolina em mais 5% (cerca de R$ 0,15), mesmo após o anúncio da última revisão de valores.
A Petrobras reajustou na quarta-feira a gasolina em 4,8% e o diesel em 8%, após o preço do petróleo dar indicações de que deve se manter em patamar alto, em torno dos R$ 440 (US$ 80) o barril. Por volta das 9h30 desta quinta-feira, os contratos da commodity para março eram negociados a R$ 466 (US$ 84,59) o barril.
A estatal afirma que mantém a paridade com os preços de importação (PPI), mas que só faz reajustes quando há mudança estrutural e não conjuntural.