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Banco Central começa reunião que vai derrubar a taxa básica de juros ao menor nível em um ano e meio

Analistas do mercado financeiro preveem nova redução de 0,5 ponto percentual na taxa Selic, de 12,75% para 12,25% ao ano

Economia|Do R7

Fase inicial da reunião discute perspectivas da economia
Fase inicial da reunião discute perspectivas da economia

Após reduzir a taxa básica de juros nos últimos dois encontros, o Copom (Comitê de Política Monetária), do BC (Banco Central), volta a realizar nesta terça-feira (31) a reunião que deve resultar na redução da taxa Selic ao menor patamar em um ano e meio.

Segundo expectativas sinalizadas pelo mercado financeiro, a taxa básica de juros deve recuar 0,5 ponto percentual pela terceira vez seguida, de 12,75% para 12,25% ao ano, o menor nível desde março de 2022 (11,75% ao ano).

Nesta terça-feira, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, e os oito diretores da autoridade monetária realizam apresentações técnicas sobre as perspectivas da economia e o comportamento do mercado financeiro.

Na ata da última reunião, quando decidiu cortar a Selic para 12,75% ao ano, o Copom (Comitê de Política Monetária) sinalizou a previsão de novos cortes de 0,5 ponto percentual da taxa básica de juros para os próximos meses. No entanto, o grupo diz ser pouco provável elevar o ritmo de corte dos juros básicos.


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"O Comitê julga como pouco provável uma intensificação adicional do ritmo de ajustes, já que isso exigiria surpresas positivas substanciais que elevassem ainda mais a confiança na dinâmica desinflacionária prospectiva", avalia o documento.


Para os próximos anos, o mercado financeiro espera pela manutenção dos cortes de juros. As previsões mais recentes, no entanto, estimam que o ciclo de queda da taxa básica de juros será menos intenso, com a chegada da Selic a 9,25% ao ano em 2024 e 8,75% ao ano, em 2026.

Selic

A taxa básica de juros é a mais baixa da economia e funciona como forma de piso para os demais juros cobrados no mercado. A Selic é usada nos empréstimos entre bancos e nas aplicações que as instituições financeiras fazem em títulos públicos federais.

Em linhas gerais, é a taxa Selic que os bancos pagam para pegar dinheiro no mercado e repassá-lo a empresas ou consumidores em forma de empréstimos ou financiamentos. Por esse motivo, os juros que os bancos cobram dos consumidores são sempre superiores à Selic.

A taxa básica também serve como o principal instrumento do BC para manter a inflação sob controle, perto da meta estabelecida pelo governo. Isso acontece porque os juros mais altos encarecem o crédito, reduzem a disposição para consumir e estimulam alternativas de investimento.

Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Já quando os juros básicos são reduzidos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo.

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