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BC inicia reunião que deve manter taxa básica de juros no maior nível desde 2017

Movimento já sinalizado pelo Copom e por analistas aposta na manutenção da taxa Selic em 13,75% ao ano até o fim de 2022

Economia|Do R7

Desde março de 2021, taxa Selic subiu 11,75 pontos percentuais
Desde março de 2021, taxa Selic subiu 11,75 pontos percentuais Desde março de 2021, taxa Selic subiu 11,75 pontos percentuais

Depois de encerrar a sequência de altas da taxa básica de juros da economia brasileira para segurar o avanço da inflação, o Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central) volta a se reunir nesta semana para definir o futuro da Selic.

Atualmente em 13,75% ao ano, a taxa de juros deve ser mantida no maior patamar desde o início de 2017, conforme percepção de analistas do mercado financeiro e sinalização do próprio Copom na ata do último encontro do grupo.

Para Fabio Louzada, economista fundador da plataforma Eu Me Banco, o alívio recente da inflação é temporário. Com o temor de recessão global, ele considera que o Banco Central não vai arriscar baixar os juros para ter que subir novamente, caso necessário.

"Pode ser que, com o governo injetando dinheiro na população por meio de benefícios sociais, como o aumento do Auxílio Brasil, vejamos os efeitos disso na inflação no começo do ano que vem. Então, acredito que o BC manterá a taxa atual de juros em 13,75%, não só nessa reunião como também nos próximos meses", afirma Louzada.

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Com o fim do ciclo de altas dos juros, o BC projeta a manutenção da Selic nesse patamar por "período suficientemente prolongado" para alcançar a convergência da inflação para a meta. A autoridade monetária, no entanto, avisa que pode voltar a subir os juros sem a desaceleração esperada da inflação.

Reunião

Nesta terça (25), o presidente do BC, Roberto Oliveira Campos, e os oito diretores da autoridade monetária realizam apresentações técnicas sobre a evolução e as perspectivas da economia e o comportamento do mercado financeiro.

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A primeira sessão dos encontros do Copom, voltada para a análise de cenários e conjuntura, será feita na manhã e na tarde desta terça-feira (25) e também na manhã desta quarta-feira (26).

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Amanhã, o comitê projeta as possibilidades e define o novo nível da taxa Selic. A decisão a respeito dos novos juros será anunciada após as 18h30 e ficará vigente por ao menos 45 dias, quando os diretores do BC voltam a se encontrar para discutir novamente a conjuntura econômica nacional.

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Juros básicos

A Selic é conhecida como taxa básica porque é a mais baixa da economia e funciona como forma de piso para os demais juros cobrados no mercado. A taxa é usada nos empréstimos entre bancos e nas aplicações que as instituições financeiras fazem em títulos públicos federais.

Em linhas gerais, a Selic é a taxa que os bancos pagam para pegar dinheiro no mercado e repassá-lo para empresas ou consumidores em forma de empréstimos ou financiamentos. Por esse motivo, os juros que os bancos cobram dos consumidores são sempre superiores à Selic.

A taxa básica também serve como o principal instrumento do BC para manter a inflação sob controle, perto da meta estabelecida pelo governo. Isso acontece porque os juros mais altos encarecem o crédito, reduzem a disposição para consumir e estimulam alternativas de investimento.

Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Já quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo.

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