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Bolsa encosta nos 120 mil pontos pela primeira vez desde novembro

Movimento positivo do Ibovespa ocorre após Standard & Poor's melhorar perspectiva sobre a nota de crédito do Brasil

Economia|Do R7

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Ibovespa figura aos 119.610 pontos
Ibovespa figura aos 119.610 pontos

O Ibovespa busca manter o viés positivo nesta quinta-feira (15), apoiado pela performance de Wall Street e valorização de commodities como o petróleo, embora movimentos de realização de lucros atenuassem a alta, com CVC Brasil figurando entre os maiores ganhos após anúncio de oferta de ações.

Às 11h18, o principal índice da bolsa brasileira subia 0,45%, aos 119.610,12 pontos. O volume financeiro somava R$ 5,8 bilhões, refletindo ainda operações atreladas ao vencimento de opções sobre ações que acontece na B3 na sexta-feira.


Na máxima até o momento, chegou a 119.686,12 pontos. A ultima vez que o Ibovespa marcou 120 mil pontos durante o pregão foi em 4 de novembro do ano passado, embora tenha fechado abaixo disso naquela sessão.

Na véspera, o Ibovespa avançou quase 2% e fechou acima dos 119 mil pontos pela primeira em quase oito meses, após o Federal Reserve confirmar expectativas no mercado e manter os juros dos Estados Unidos na faixa de 5% a 5,25% ao ano, enquanto a Standard & Poor's elevou a perspectiva do rating do Brasil.


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Para a equipe do Citi no Brasil, a decisão da S&P é um evento relevante para aumentar a confiança dos investidores, potencialmente favorecendo entradas de capital e valorização da moeda local.

"Além da potencial valorização da moeda que sustenta o processo desinflacionário em curso, a decisão da S&P também pode contribuir para reancorar as expectativas de inflação, fortalecendo ainda mais o argumento de cortes mais precoces nas taxas de juros do que estamos prevendo atualmente", afirmou a equipe do Citi em relatório.


Quanto ao Ibovespa, de acordo com análise técnica do Itaú BBA, a tendência de alta do índice poderá encontrar próximo objetivo em 121.600 pontos, e caso consiga superar esta importante barreira, "abrirá espaço para pensarmos nos 131.200 pontos, o tão famoso topo histórico".

Em relatório a clientes, eles citaram que os suportes para o Ibovespa ficam em 111.600 e 108.100 pontos. "O espaço entre a cotação atual e essas regiões destacadas indica a potencial realização que existe no mercado. Mesmo se isso acontecer, não desconfigurará a tendência principal de alta."

Parte do movimento mais positivo recente do Ibovespa, que apenas em junho acumula elevação de mais de 10%, reflete forte fluxo de capital externo para as ações brasileiras. De acordo com os dados da B3, neste mês as compras de estrangeiros superaram as vendas em R$ 6,145 bilhões até o dia 13.

Do exterior, agentes financeiros repercutiam uma agenda cheia, com decisões de juros do Banco Central Europeu e do BC chinês, além de uma bateria de dados econômicos dos Estados Unidos, um dia após o Federal Reserve manter o juro, mas projetar mais aumento no ano.

Destaques

- CVC BRASIL ON avançava 3,66%, a R$ 4,25, após anunciar antes da abertura oferta primária de ações que, ao preço do fechamento da véspera, chega a R$ 683,333 milhões, considerando a colocação das papéis adicionais. A operadora de turismo espera precificar o follow-on em 22 de junho. Parte dos recursos será usada para melhorar a estrutura de capital da companhia.

- HAPVIDA ON mostrava acréscimo de 4,19%, a R$ 4,48, em mais uma sessão positiva, após evento da companhia na véspera com analistas e investidores. Analistas do Bradesco BBI afirmaram que a companhia reforçou no investor day seu foco na rentabilidade e revisaram o preço-alvo da ação de R$ 4,10 para R$ 4,70, reiterando recomendação "outperform".

- BANCO DO BRASIL ON avançava 2,03%, a R$ 49,85, ainda beneficiado pela melhora da perspectiva do rating brasileiro na véspera. O Bank of America também elevou o preço-alvo da ação do BB de R$ 54 para R$ 62 e reiterou recomendação de "compra", citando que o interesse dos investidores do papel aumentou devido aos ruídos de interferência política mais baixos. ITAÚ UNIBANCO PN subia 0,64% e BRADESCO PN valorizava-se 0,47%.

- PETROBRAS PN tinha elevação 2,06%, a R$ 30,72, endossada pela alta dos preços do petróleo, além de notícia de que descarta oferta de aquisição da Braskem, companhia na qual já detém 36,1% do capital total e 47% do capital votante. Já a BRASKEM PNA valorizava-se 2,38%, a R$ 28,36, enquanto segue vulnerável a notícias envolvendo o controle da petroquímica.

- B3 ON caía 0,92%, a R$ 15,08, em meio a movimentos de realização de lucros, após tocar mais cedo uma máxima intradia desde novembro de 2022, a R$ 15,34. No mês até essa máxima, o papel acumulava alta de mais de 15%.

- VALE ON perdia 0,48%, a R$ 68,69, também experimentando correção, apesar da alta dos futuros do minério de ferro na Ásia, conforme a ação acumulava até a véspera alta demais de 8% no mês. O contrato de minério de ferro mais negociado na Dalian Commodity Exchange (DCE) encerrou as negociações diurnas com alta de 1,43%, a 815,5 iuanes por tonelada métrica, o maior nível desde 31 de março.

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