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Carros elétricos padrão terão o mesmo preço que os convencionais em "1 ou 2 anos", diz especialista

Para Diogo Seixas, da NeoCharge, na categoria de luxo, veículos eletrificados já têm paridade com os automóveis a combustão

Economia|Johnny Negreiros, do R7*

Carro com carregamento na tomada é um dos modelos de veículo eletrificado
Carro com carregamento na tomada é um dos modelos de veículo eletrificado Carro com carregamento na tomada é um dos modelos de veículo eletrificado

No Brasil, ainda se tem a ideia de que carro elétrico (EV, na sigla em inglês) é “coisa de rico”. No entanto, essa realidade está prestes a mudar. É o que diz Diogo Seixas ao R7. Ele é o CEO (semelhante ao cargo de presidente) da NeoCharge, empresa especializada em infraestrutura de recarga para veículos elétricos.

Segundo ele, os automóveis de médio porte terão preço semelhante ao dos convencionais em “um ou dois anos”. A categoria se refere aos veículos maiores que os compactos e menores que os de tamanho normal.

Segundo dados de 2022 do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia), estes são exemplos de carro médio: Chevrolet Onix, Honda City e HB20 (Hyundai).

Atualmente, de acordo com o executivo, os EVs dessa categoria são 20% mais caros que os movidos a combustíveis fósseis.

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Lembrando que eu não estou falando que eles vão ficar baratos. Eu estou falando que eles vão ficar no mesmo preço do carro a combustão%2C que também não é barato.

(Diogo Seixas, CEO da NeoCharge)

Vale lembrar que dentro da categoria dos carros eletrificados há três modelos. São eles: aqueles que precisam ser carregados na tomada (híbridos plug-in), os que não precisam e os híbridos, que misturam gasolina (mas principalmente etanol) com energia elétrica.

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Já para os de tamanho menor, principalmente os compactos, os modelos elétricos “ainda vão demorar uns três ou quatro anos” para atingir paridade de preço com os carros tradicionais.

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Por outro lado, Diogo Seixas mostra que os EVs de luxo zero-quilômetro já têm “o mesmo preço” que os automóveis não eletrificados.

“Se você for à loja da BMW, da Jaguar, da Mercedes, da Audi, da Porsche, vai ver que o veículo elétrico tem o mesmo preço do veículo a combustão”, afirma o líder da NeoCharge.

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Cenário no Brasil

Carro elétrico é assunto que ganhou força no Brasil a partir do início dos anos 2000. Apesar da notoriedade nos jornais e por parte de autoridades públicas, o veículo ainda é pouco utilizado pela população, proporcionalmente.

Segundo levantamento da ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico), o carro eletrificado somou 4.500 unidades vendidas em janeiro de 2023, o que equivale a apenas 3,4% dos veículos de passeio e comerciais leves.

Até o primeiro mês deste ano, o país contava com pouco mais de 124 mil EVs, segundo a NeoCharge. Desse total, um em cada três era do estado de São Paulo.

Porém, conforme indicam os números e os especialistas, o carro elétrico também deve dominar o mercado no Brasil, assim como já ocorre em outros países.

De acordo com a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), 49,3 mil veículos eletrificados foram emplacados no Brasil em 2022. É o maior número da história para o ramo.

Além disso, as vendas totais do mercado automotivo em janeiro de 2023 cresceram 11,9% em relação ao mesmo mês de 2022. Já a fatia dos eletrificados no período aumentou 76%.

Se comparado a janeiro de 2021, o crescimento dos EVs disparou 241%. Os dados são da ABVE.

* Estagiário do R7, sob supervisão de Alexandre Garcia

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