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CNI propõe diálogo com novo governo para retomada de investimento

Para a indústria, os próximos quatro anos exigem 'união e diálogo' entre setores na chamada agenda do clima

Economia|

Indústria avalia crescimento da atividade econômica em 2022
Indústria avalia crescimento da atividade econômica em 2022 Indústria avalia crescimento da atividade econômica em 2022

A economia de baixo carbono e a retomada do crescimento e do investimento serão os desafios do próximo governo, na avaliação da CNI (Confederação Nacional da Indústria), que propõe o diálogo com o presidente eleito da República, Luiz Inácio Lula da Silva, para a construção de uma estratégia de inovação e tecnologia.

Para a entidade, os próximos quatro anos exigem "união e diálogo" entre setores público e privado e também a sociedade na chamada agenda do clima. A CNI defende ainda que o novo governo acelere o programa de reformas, principalmente o tributária.

"Muitos dos problemas econômicos e sociais são antigos. Seus diagnósticos e soluções já foram exaustivamente discutidos. Precisamos, agora, concentrar esforços no enfrentamento dessas questões. Por isso, seguindo o exemplo dos países mais desenvolvidos, defendemos a adoção de uma visão de nação de longo prazo, que tenha como objetivos centrais a inovação, os ganhos de produtividade e a maior inserção da economia brasileira no concorrido mercado internacional", avalia o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.

A confederação já entregou 21 documentos à campanha de Lula sobre tributos, inovação e sustentabilidade, com foco na Indústria 4.0 e na descarbonização da economia. Segundo a CNI, essas duas "revoluções" irão determinar o futuro das empresas e o progresso das nações. A entidade lembra que a indústria responde atualmente por quase 70% dos investimentos empresariais em pesquisa e desenvolvimento.

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"A agenda do clima é ampla e oferece possibilidades de negócios admiráveis em diversas áreas. Entretanto, exige novas tecnologias e a adoção de políticas apropriadas para a produção de energias renováveis e para o uso sustentável da nossa rica biodiversidade", acrescentou Andrade.

A CNI destaca ainda a importância de investimentos para que a educação básica e o ensino profissional acompanhem a evolução tecnológica. Para a entidade, o novo governo deve dar prioridade à melhoria da qualidade dos cursos para que os jovens consigam atender às exigências de um mercado de trabalho em transformação, o que resultará em aumento da produtividade da economia.

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O setor industrial também demanda avanços de ampliação e modernização da infraestrutura e cita especificamente a necessidade de medidas regulatórias efetivas para promover a competição no mercado de gás natural, de combustíveis e de energia elétrica, e ampliar os investimentos em sistemas eficientes de transportes. Para a CNI, o investimento em transportes precisa saltar dos atuais 0,65% do PIB (Produto Interno Bruto) para pelo menos 2% do PIB.

"Nossa expectativa é de diálogo entre todos os setores da sociedade com o governo eleito. Estou convicto que, com a interlocução aberta e democrática entre a iniciativa privada e o setor público, poderemos fazer as mudanças de que o Brasil tanto necessita para ter um futuro mais próspero, ambientalmente equilibrado e socialmente justo", conclui Andrade.

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