Com 13º na mão, consumidor deve pagar dívidas e economizar para 2014
Esperar até promoções de janeiro e fevereiro ajuda a gastar menos do que em dezembro
Economia|Do R7
Termina nesta sexta-feira (29) o prazo para as empresas depositarem a primeira parcela do 13º salários dos trabalhadores. É comum que as famílias queriam comprar mais em vez de poupar. Especialistas dão dicas para o melhor uso do dinheiro recebido.
Segundo o Dieese, até dezembro de 2013 devem ser injetados na economia brasileira pouco mais de R$ 143 bilhões em decorrência do pagamento do 13º salário. O educador financeiro Maurício Galhardo, Sócio-Diretor Administrativo Financeiro da Praxis Business, afirma que pagar as dívidas é importante para limpar o nome.
— Assim o consumidor consegue obter mais crédito, uma vida de compras ativas e pode gastar mais.
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Segundo Maurício, as lojas não fazem tantas promoções em dezembro, porque precisam bater metas. Mas para o consumidor é uma boa opção esperar pelas promoções de janeiro e fevereiro para gastar menos.
Maísa Serra, executiva da corretora Vida Livre Seguros, afirma que apenas 1% da população poupa o 13º salário.
— Quase todas as pessoas gastam de alguma forma, seja pagando dívidas ou consumindo mais, com compras e férias, por exemplo.
Segundo a executiva, muitos consumidores já gastaram o que vão receber nesta sexta-feira, porque sabem que é um valor garantido.
—O que o brasileiro costuma fazer é o indicado: pagar primeiro as dívidas para só depois ver o que dá para comprar. O ideal, claro, seria deixar uma parte do dinheiro investido, mesmo que seja na poupança, para não faltar dinheiro no início do ano. Já que virão os impostos (IPVA e IPTU), além dos gastos com matrícula e material escolar.
Maísa dá uma dica para sempre ter dinheiro: dividir o valor do 13º em quatro partes —pagamento de dívidas, poupança, previdência privada e consumo.
Dívidas
Os economistas da Serasa sugerem que os consumidores paguem primeiro as dívidas com juros mais altos, como o rotativo do cartão de crédito e o cheque especial. Se o dinheiro não for suficiente para pagar tudo, o consumidor pode utilizar o 13º para quitar parte dessa dívida com uma entrada.
Outra sugestão é trocar uma dívida cara por uma mais barata, como a contratação de um empréstimo consignado que, do ponto de vista do crédito pessoal, possui as taxas de juros mais baixas do mercado.
Para o consumidor que está inadimplente, a recomendação é procurar as empresas para renegociar as dívidas e limpar o nome. De acordo com a Serasa, nesta época do ano se intensificam as campanhas para a regularização de pendências e, portanto, é uma boa oportunidade para sair da inadimplência.