Comunicadores latino-americanos mostram preferência por imprensa online
Economia|Do R7
Madri, 3 jul (EFE).- Os profissionais de gestão de comunicação latino-americanos optam, em 80% dos casos, pelos meios online para se relacionar com a audiência, segundo um estudo do Latin American Communication Monitor (LCM), que analisa a comunicação estratégica e as relações públicas no continente. A Universidade Rei Juan Carlos de Madri divulgou os resultados desse estudo do LCM, segundo o qual a sobrecarga laboral afeta a maioria dos profissionais questionados (75,5%). A pesquisa mostra que 35,7% consideram que trabalham pelo menos 25% a mais do tempo estipulado em seu contrato e 18% alargam sua jornada de trabalho para mais de 50% do tempo previsto. Outra das conclusões do estudo é que mais da metade (54%) dos profissionais latino-americanos não se sentem satisfeitos com suas oportunidades de carreira e nem com seu salário (64%). Além disso, o trabalho reflete que tanto a compensação salarial, o acesso aos cargos diretores, o status e as oportunidades de carreira favorecem os homens. Na hora de estabelecer relações profissionais, os participantes do estudo preferem o e-mail (60,5%) muito acima da comunicação tête-à-tête (20,2%) e ganha protagonismo como via comunicativa o aplicativo de mensagem instantânea Whatsapp com 37,9% dos votos. "Este projeto permite aos profissionais se aproximar das tendências de comunicação através de evidências empíricas e empoderar assim seu papel dentro das organizações", explicou em uma nota de imprensa a diretora da pesquisa e doutora da universidade Rei Juan Carlos, Ángeles Moreno. A análise está baseada em 803 casos de profissionais de comunicação e relações públicas de 18 países: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, El Salvador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela. O Latin American Communication Monitor é uma pesquisa transnacional organizada pela European Public Relations Education and Research Association (EUPRERA) e desenvolvida por acadêmicos de 11 universidades da América Latina, Espanha e Estados Unidos. EFE ms/ff