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Dólar fecha em leve queda, a R$ 5,07, e acumula 4ª recuo seguido

A desvalorização da moeda americana à vista foi de 0,13% nesta quinta (26), após a divulgação do PIB dos EUA acima do esperado 

Economia|Do R7

Dólar à vista fechou a quinta-feira (26) em queda de 0,13%, a R$ 5,074 na venda
Dólar à vista fechou a quinta-feira (26) em queda de 0,13%, a R$ 5,074 na venda

O dólar à vista fechou em leve queda ante o real nesta quinta-feira (26), sua quarta baixa consecutiva, tendo rondado à estabilidade durante a maior parte do pregão, marcado pela divulgação de um crescimento do PIB (produto interno bruto) dos Estados Unidos acima do esperado.

O dólar à vista fechou em baixa de 0,13%, a R$ 5,074 na venda. O índice caiu 0,42% (R$ 5,0593) na menor cotação do dia e avançou 0,79% (R$ 5,1210) na máxima.

A economia dos EUA mostrou expansão, a uma taxa anualizada de 2,9% no quarto trimestre de 2022, segundo informações do Departamento de Comércio em sua primeira estimativa, divulgada nesta quinta — superior à previsão de economistas consultados pela reportagem, de 2,6%.

"O principal vetor para o crescimento do PIB veio do aumento de estoques, graças à normalização das cadeias de suprimentos no mundo, mas isso não deve perdurar no médio prazo, dada a demanda ainda pressionada", disse a economista-chefe da Reag Investimentos, Simone Pasianotto.


"Ou seja, os EUA estão crescendo, afastando o temor de recessão, mas não por bons motivos", acrescentou.

Esse dado também era muito aguardado porque vem a poucos dias da decisão de política monetária do Fed (Federal Reserve). Sobre esse assunto, o mercado espera uma nova redução no ritmo de alta dos juros, com elevação de 0,25 p.p. (ponto percentual) na taxa.


O Departamento do Trabalho dos EUA divulgou nesta quinta-feira os números relacionados aos pedidos de auxílio-desemprego, menores que o esperado pelo mercado.

"Acredito que nada mude na visão do Fed por ora", afirmou Pasianotto, após a divulgação dos indicadores.


Na sexta-feira (27), a agenda traz o dado de inflação PCE nos EUA, o índice de preços preferido do Fed para sua análise de política monetária.

Durante o pregão, o dólar avançava cerca de 0,3% contra uma cesta de moedas fortes, ainda que longe das máximas da sessão, e tinha desempenho misto contra alguns dos principais pares do real.

Agentes financeiros vêm mencionando nos últimos dias a entrada de recursos estrangeiros no Brasil como um fator de impulso da moeda nacional.

O movimento ocorre à medida que cresce a expectativa de um fim de ciclo de aperto monetário nos EUA, o que tende a elevar a atratividade do real pelo diferencial de juros entre os dois países — o que, diante da reabertura da China, favorece o fluxo a emergentes em geral.

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Em comentário enviado a seus clientes, a equipe da corretora Correparti disse que a forte entrada de recursos favoreceu o real, em especial à tarde, em dia de alta de commodities no exterior.

Na agenda econômica local, houve a divulgação dos dados da dívida pública e de conta corrente, enquanto o noticiário político permaneceu morno no que tange às pautas que chamam mais a atenção dos agentes financeiros.

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