Emprego na indústria acumula 29 resultados negativos seguidos
Na comparação com fevereiro do ano passado, a ocupação industrial caiu 2%
Economia|Do R7

O emprego na indústria acumula mais de dois anos de resultados negativos na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Fevereiro deste ano foi o 29º nessa relação. A ocupação industrial caiu 2% se comparado ao mesmo período do ano passado. Os dados foram divulgados, nesta sexta-feira (11), pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
No entanto, os dados mostram que na comparação com janeiro deste ano, o total do pessoal ocupado assalariado na indústria não apresentou variação (0%) e repetiu o patamar do mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, após apontar três taxas negativas seguidas, período em que acumulou perda de 0,6%.
No índice acumulado para o primeiro bimestre de 2014, o total do pessoal ocupado na indústria também assinalou recuo de 2,0%, intensificando, assim, o ritmo de queda frente ao segundo (-0,5%), terceiro (-1,2%) e quarto (-1,7%) trimestres de 2013, todas as comparações contra iguais períodos do ano anterior. A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos 12 meses, ao recuar 1,3% em fevereiro de 2014, manteve a trajetória ligeiramente descendente iniciada em agosto do ano passado (-1,0%).
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Regiões
O emprego na indústria recuou em 12 dos 14 locais pesquisados. O principal impacto negativo sobre a média global veio em São Paulo (-3,1%), pressionado em grande parte pela redução no total do pessoal ocupado em 12 das 18 atividades, com destaque para as indústrias de produtos de metal (-14,2%), calçados e couro (-12,5%) e produtos têxteis (-9,4%).
Vale citar também os resultados negativos assinalados por Rio Grande do Sul (-4,1%), Paraná (-2,8%), região Nordeste (-0,8%) e Minas Gerais (-0,9%). Por outro lado, Pernambuco (2,0%) e região Norte e Centro-Oeste (0,5%) apontaram as contribuições positivas sobre o emprego industrial do País em fevereiro de 2014, impulsionados, em grande parte, pelos setores de produtos químicos (9,3%), alimentos e bebidas (5,3%) e vestuário (4,7%).
Horas pagas
As horas pagas aos trabalhadores da indústria também acumulam reduções. Na comparação de fevereiro deste ano com o mesmo mês do ano passado, a queda foi de 2,1% e assinalou a nona taxa negativa consecutiva neste tipo de confronto.
No índice acumulado do primeiro bimestre de 2014, o número de horas pagas na indústria recuou 2,1%, repetindo a magnitude de queda observada no último trimestre de 2013 (-2,1%), ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior. A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos 12 meses, ao passar de -1,4% em janeiro para -1,3% em fevereiro de 2014, interrompeu a trajetória descendente iniciada em setembro de 2013 (-1,0%).
Folha de pagamento
Apesar dos recuos com emprego e horas pagas, o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria ajustado sazonalmente avançou 1,6% frente ao mês imediatamente anterior, após assinalar recuo de 0,6% em janeiro último.
Vale destacar que nesse mês verifica-se a influência positiva da indústria de transformação (0,5%), já que o setor extrativo recuou 0,5%. Ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral para o total da indústria assinalou variação positiva de 0,4% na passagem dos trimestres encerrados em janeiro e fevereiro de 2014 e manteve a trajetória ascendente iniciada em outubro último.
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