Logo R7.com
Logo do PlayPlus

Exportações brasileiras devem crescer 5,4% em 2023, apesar de desaceleração mundial, diz FGV

País é o 26º colocado entre os 30 maiores exportadores mundiais, com participação de 1,3%, o único da América do Sul na lista

Economia|Do R7

Soja é um dos principais produtos vendidos pelo Brasil
Soja é um dos principais produtos vendidos pelo Brasil

Na contramão da perda de fôlego do comércio mundial, o volume de exportações brasileiras deve crescer 5,4% em 2023, de acordo com o relatório do Icomex (Indicador de Comércio Exterior), divulgado nesta quarta-feira (21), pela FGV (Fundação Getulio Vargas). Em 2022, o país registrou aumento de 4,4% das vendas para destinos no exterior.

Neste ano, o comércio mundial de mercadorias deve crescer em um ritmo mais fraco, segundo previsões da OMC (Organização Mundial do Comércio), passando de uma alta de 2,7%, registrada em 2022, para 1,7% em 2023. Para a América do Sul, a projeção é de que o avanço saia de 1,9% e vá para 0,3% no mesmo período.

Compartilhe esta notícia no Whatsapp

Compartilhe esta notícia no Telegram


"O Brasil é a maior economia da região e o maior exportador. Entre os 30 principais exportadores mundiais de 2022, o único país [sul-americano] que integra a lista é o Brasil, na 26ª posição [com participação de 1,3% nas exportações mundiais]. Nesse contexto, a previsão de crescimento do volume exportado na região [América do Sul] é fortemente influenciado pelo desempenho do Brasil", aponta o relatório do Icomex.

De janeiro a maio de 2023, o volume exportado pelo Brasil avançou 9,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. Na comparação entre 2022 e 2021, a elevação tinha sido de 0,6%, também de janeiro a maio.


"Os resultados sugerem, portanto, que a previsão de piora da OMC para a região [América do Sul] não deverá se aplicar ao Brasil. É esperado que o ritmo de crescimento desacelere no segundo semestre com menores embarques da soja, piora nas vendas para a Argentina e seguindo com o recuo nas vendas para a União Europeia. No entanto, exceto por eventos imprevistos, os dados até o momento apontam para um maior crescimento do volume exportado em 2023 do que em 2022", projeta a FGV.

Leia também

O saldo da balança comercial brasileira atingiu o recorde de US$ 11,3 bilhões em maio. No acumulado no ano, de janeiro a maio, o superávit ficou em US$ 34,9 bilhões. O mês de maio manteve a tendência de queda nos preços exportados e importados em relação ao ano anterior, mas com aumento nos volumes.


No caso das exportações, os preços recuaram 13,4% em maio de 2023 ante maio de 2022, porém, o volume cresceu 28,4%. Nas importações, os preços diminuíram 13,7% em maio deste ano na comparação com maio do ano passado, mas o volume teve elevação de 1,8%.

No acumulado de janeiro a maio deste ano, os preços das exportações caíram 4,6% ante o mesmo período de 2022, mas o volume aumentou 9,0%. Os preços das importações diminuíram 3,9% no acumulado do ano, e o volume teve recuo de 0,7%.

O volume de commodities exportadas pelo Brasil cresceu 36,0% em maio de 2023 frente o mesmo mês de 2022, enquanto o de não commodities subiu 4,8%. Quanto às importações, o volume de compras de commodities subiu 12,5% em maio deste ano ante maio do ano passado, e as aquisições brasileiras de não commodities aumentaram 0,6%.

"Observa-se que as não commodities explicam cerca de 90% das importações totais do Brasil", pondera a FGV.

O Icomex revela, ainda, um aumento de 63,9% no volume importado de bens de capital da agropecuária, no acumulado de janeiro a maio de 2023, ante o mesmo período de 2022. Para a indústria, a aquisição de bens de capital importados tem alta de 10,9% no acumulado do ano.

De janeiro a maio de 2023, o Brasil exportou mais, em valores, para a Argentina (26,9%), China (8,1%) e Estados Unidos (4,1%), na comparação com igual período do ano anterior. Na direção oposta, houve queda nas remessas para a União Europeia, de 6,2%.

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.