Governo atua para ambiente econômico mais amigável à iniciativa privada, diz presidente do Banco Central
Goldfajn afirma que PEC é o primeiro passo, que será seguido pela reforma da Previdência
Economia|Do R7

O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, disse nesta segunda-feira (21) que o governo brasileiro vem atuando para tornar o ambiente de negócios mais amigável à iniciativa privada e defendeu as reformas em curso já propostas pela equipe do presidente Michel Temer, como a aprovação da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) do teto dos gastos e a reforma da Previdência.
As afirmações foram feitas num discurso gravado em vídeo e exibido no seminário "Reavaliação do Risco Brasil", promovido pela Fundação Getulio Vargas e Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro.
— As reformas são necessárias para garantir mais à frente a reversão da tendência crescente da dívida publica. O teto dos gastos é primeiro passo. Essa medida precisa ser acompanhada pela reforma dos gastos previdenciários.
Segundo Ilan, com a aprovação da PEC do Teto, atualmente em tramitação no Senado, o Brasil voltará a fazer escolhas, ao invés de elas serem impostas pelas circunstâncias.
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O presidente da autoridade monetária defendeu a importância de entender como chegamos ao momento atual de crise, para que possamos sair dela. Segundo ele, a crise atual é reflexo de fatores de natureza exógena, como o regime de baixo crescimento das economias maduras, mas também de medidas adotadas pelo então governo em reação ao choque externo.
— As medidas adotadas com propósito de serem anticíclicas tornaram-se protecionistas. Essas políticas levaram a distorções de preços.
O Banco Central seria parte da solução, porque fornece credibilidade aos agentes econômicos.
— O velho tripé econômico é imperativo.
Ele diz que já foi possível observar uma melhorar na percepção de risco do País e defendeu ainda a importância de uma condução da política monetária visando a atingir a meta de inflação de 4,5% ao ano, lembrando que as expectativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2017 já recuaram para patamar abaixo de 5%.
— Já hoje analistas preveem um ano de 2017 melhor do que o de 2016, e um ano de 2018 melhor que o de 2017.