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Guedes: Taxar dividendos vai cortar imposto de empresa e trabalhador

Ministro da Economia disse que ricos não precisam se envergonhar, caso tenham conquistado recursos por mérito

Economia|Do R7, com Reuters

Reforma tributária é alvo de críticas
Reforma tributária é alvo de críticas Reforma tributária é alvo de críticas

O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a defender a tributação de dividendos como forma de reduzir os impostos pagos pelas empresas e pelos trabalhadores. O tema polêmico está presente na reforma tributária enviada pelo governo ao Congresso e tem sido alvo de críticas.

Para o ministro, não adianta "jogar" impostos em cima de "30 milhões de brasileiros com renda relativamente baixa, enquanto do outro lado 20 mil proprietários de capital receberam R$ 400 bilhões de dividendos e tiveram isenção de R$ 50 ou R$ 60 bilhões". Ele diz ter certeza de que a proposta caminha no rumo correto.

Leia mais: 'Super-ricos' vão bancar metade do que governo espera arrecadar

Ao falar em audiência na Câmara dos Deputados, Guedes argumentou que o Brasil é um país de renda baixa, em que 75% dos trabalhadores recebem menos de R$ 1.500 por mês. "Se você venceu em mercado com um bom produto e conquistou a população, você não deve ter vergonha de ser rico, mas deve ter vergonha de não pagar imposto", afirmou o ministro.

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"Você não precisa ter vergonha de ser rico, se o seu dinheiro veio por mérito. Se o seu dinheiro veio por alguma compra de influência ou favores, você deveria sentir vergonha por ser rico", completou. Ele diz que defende a proposta aos próprios amigos que o acusam de ter traído o liberalismo.

"Eu prefiro esse primeiro passo e está a maior reclamação. Eu sou liberal, mas sou democrata e não vou aumentar o imposto, só vamos criar uma base nova para quem antes era isento. Eu falo isso para os meus amigos: 'você não tem vergonha de não pagar 20% sobre os dividendos? Paga aí, rapaz", reforçou.

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Para Guedes, a desoneração do assalariado de baixa renda é "relativamente simples" e será aprofundado "um pouco" caso também se consiga remover alguns subsídios. "Na verdade, nós queríamos então reduzir algumas deduções, alguns subsídios para que tudo o que foi pago pelo acionista, depois que o dinheiro saiu da empresa, seja devolvido às empresas.Nas empresas é onde acontece o milagre da produtividade, onde tem tecnologia, capital, organização institucional, onde sobem os salários e a produtividade do trabalhador", afirmou.

"Então, se reinvestir, se ficar na empresa, o imposto deveria ser baixo. Agora, se tirou para pessoa física, para usufruto pessoal, o que é natural, não tem problema nenhum ser rico, não pode ter vergonha de ser rico, tem que ter vergonha de não pagar imposto. Então é basicamente isso", emendou.

Guedes foi inicialmente convocado pela Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara para falar sobre divergências em dados da Previdência apontadas por técnicos do TCU (Tribunal de Contas da União), mas acabou em sua exposição inicial discorrendo principalmente sobre a atuação do governo na pandemia.

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